Introdução: O politraumatismo é caracterizado por um grave evento traumático com grande descarga de energia, seja mediante lesões por armas de fogo, quedas de grandes alturas, acidentes automobilísticos ou outras causas que provoquem mais de um dano físico simultâneo. O trauma apresenta-se como a principal causa de morte entre idosos por serem mais suscetíveis a lesões graves por possuírem mecanismos mais lentos de compensação de estresses e maior probabilidade de sofrer complicações durante o tratamento e a recuperação. Objetivo: Descrever a importância da assistência de enfermagem ao idoso em situação de politraumatismo. Metodologia: Revisão narrativa de caráter descritivo, realizada em dezembro de 2022 através das bases de dados SciELO, LILACS e BDENF. Incluíram-se estudos publicados nos últimos cinco anos, na íntegra, em português e que abordassem questões relevantes ao objetivo desta pesquisa. Excluíram-se artigos em outros idiomas, repetidos entre as bases de dados e publicados a mais de cinco anos. Após critérios de elegibilidade, restaram 9 artigos que constituem o referencial desta pesquisa Resultados: Segundo estudos epidemiológicos, nas últimas décadas houve um aumento nas taxas de mortalidade, invalidez e morbidade causadas pelo politraumatismo, sendo que os principais traumas identificados foram provenientes de quedas e violências. Fraturas de quadril e fêmur, trauma de face, queimaduras e lesões relacionadas à insuficiência respiratória ou relacionada a eventos hemorrágicos como ruptura de fígado, baço e lesões cranianas são os principais em idosos com mais de 65 anos. Devido ao perfil multifatorial, a identificação desses componentes pela equipe de enfermagem é crucial para a formulação de estratégias de prevenção. Dessa forma, ao prestarem atendimento ao paciente idoso com diversos traumas seja no pré ou no intra-hospitalar, precisam estar capacitados e ter profundo conhecimento técnico-científico e controle emocional para lidar com situações estressantes. Ademais, suas atribuições na assistência incluem, a monitorização e estabilização do quadro clínico da vítima, através da abertura e desobstrução das vias aéreas com imobilização da coluna cervical, promoção de uma boa oxigenação, avaliação da circulação com controle de sangramentos e observação de pulso, coloração, temperatura e umidade da pele, obtenção acesso venoso calibroso para quantificação da volemia e balanço hídrico a cada hora, realização do exame neurológico e prevenção da hipotermia. Conclusão: Evidencia-se que o enfermeiro é indispensável ao atendimento precoce ao idoso, por desenvolver ações que possibilitam a restauração do quadro clínico e evitam o agravamento ou surgimento de novas lesões, contribuindo na prevenção de óbitos.
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