Introdução: A dor é definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada ou semelhante à de um dano tecidual real ou potencial. No entanto, ressalta-se que, apesar do grande número de instrumentos de avaliação clínica da dor, estes não são utilizados rotineiramente e a avaliação permanece controversa. Além disso, parece que a implementação de medidas analgésicas é inadequada e insuficiente nas unidades neonatais. Objetivo: Analisar na literatura a avaliação da dor em Recém Nascidos (RN’s) hospitalizados em unidades de terapia intensiva neonatal: Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados, LILACS e BDENF, utilizou-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Dor, Recém-Nascidos e Unidade de Terapia Intensiva. Aplicou-se como critérios de inclusão: artigos dispostos na íntegra, nos idiomas português e inglês, publicados no período de 2018 à 2022. Excluiu-se da pesquisa resumos, monografias, teses, dissertações e artigos duplicados sem relevância com a temática abordada. Com o refinamento da pesquisa, ao todo foram encontrados 52 estudos, destes, 12 artigos foram selecionados para discorrer sobre o tema proposto. Resultados e Discussão: A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é, em geral, um ambiente gerador de estresse, no qual diversos fatores podem contribuir para o distúrbio da homeostase do recém-nascido (RN). Dentre esses fatores, destaca-se a alta quantidade de manipulações, muitas vezes dolorosas e estressantes, devido à instabilidade clínica e à necessidade de realização de procedimentos terapêuticos e diagnósticos invasivos, como intubação traqueal, coleta de sangue, inserção de cateteres venosos, entre outros procedimentos. Conclusão: Esses achados enfatizam uma lacuna importante entre o conhecimento científico e a prática clínica em relação ao manejo da dor neonatal. Devido ao elevado número de situações dolorosas a que estão expostos, o manejo da dor em RN hospitalizados é essencial. Assim, a identificação dos procedimentos dolorosos realizados em RNs internados na UTIN, bem como a avaliação e as práticas de controle da dor, contribuirão para uma melhor compreensão do manejo da dor neonatal.
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