Introdução: A dor durante o trabalho de parto (TB) é uma questão subjetiva que sofre influência de fatores socioculturais e psicológicos, podendo ser minimizada também com o apoio do parceiro (a). Visto que em alguns casos a mulher solicita a administração de analgesia para alívio da dor, desembocando no uso da anestesia peridural nesses casos. Faz-se necessário a importância de informar a mulher os possíveis riscos e benefícios do procedimento a ser realizado, sendo um deles a prolongação do segundo período do parto e o aumento da necessidade de realizar um parto vaginal instrumental. Objetivo: Identificar os possíveis impactos gerados pelo uso de anestésicos peridural no parto vaginal. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada em 2023, por meio das bases de dados: BDENF, LILACS e MEDLINE, através da BVS. Para a busca foram utilizados os seguintes descritores: Parto vaginal; Peridural; Obstetrícia em cruzamento com os operadores booleanos “AND” e “OR”. Adotaram-se como critérios de inclusão: artigos que contemplassem a temática, disponíveis gratuitamente na íntegra, em português e inglês, publicados nos últimos cinco anos. E como critérios de exclusão: artigos repetidos nas bases de dados supracitadas. Emergiram-se na pesquisa 05 estudos. Resultados e discussão: Identificou-se possível relação dos anestésicos com a amamentação tardia, por oferecer risco mínimo na transferência através do leite materno e que não se deve adiar o aleitamento materno. Por outro lado, foi observado que a frequência de altas dosagens apresentam riscos indesejáveis ao recém-nascido, pois apesar dos métodos anestésicos tornarem o trabalho de parto mais confortável, é importante considerar os riscos relativos à saúde materna. Diante disso, analgesia peridural causa impacto ao remover os reflexos involuntários da parturiente de suportar ou ao interferir na função motora, isso porque causa a diminuição da contração uterina e pode prejudicar a saída do bebê no momento de sua expulsão do canal vaginal, dificultando o encaixe no assoalho pélvico e colaborando para a ocorrência de distocias, o que pode levar a intervenções do tipo instrumentadas ou cesariana. foi possível observar aumento da duração do segundo período do trabalho de parto. Apesar da peridural ser satisfatória para controlar a dor, a administração de anestésicos locais pode desencadear diversos efeitos indesejáveis. Dentre eles, o relaxamento da musculatura do assoalho pélvico e da parede abdominal, hipotensão secundária ao bloqueio simpático na gestante e a rotação interna do polo cefálico do feto no canal do parto. Tais eventos proporcionam o aumento da duração do período expulsivo e uma consequente elevação do número de partos instrumentais. Conclusão: Diante do exposto, observa-se que o uso de anestesia no parto vaginal trás desfechos desfavoráveis para saúde materna fetal, sua utilização pode levar a necessidade do uso de instrumentos para auxiliar o período expulsivo e, com isso, apresenta-se como fator de risco para mãe-filho. Por isso, faz-se necessário o esclarecimento e empoderamento das gestantes quanto aos métodos de alívio da dor, devendo ser avaliado junto a equipe de saúde quais os possíveis efeitos no decorrer do parto e pós-parto.
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