INTRODUÇÃO: As populações indígenas são grupos étnicos que vivem em estreita relação com a natureza e têm suas próprias culturas, línguas e tradições. No entanto, essas comunidades também enfrentam desafios significativos em relação à saúde, incluindo o impacto das doenças infecciosas. As condições de vida precárias, o acesso limitado a serviços de saúde e a exposição a fatores de risco ambientais e sociais contribuem para a vulnerabilidade dessas populações. OBJETIVO: Analisar o impacto das doenças infecciosas nas populações indígenas e investigar as estratégias de prevenção adotadas para enfrentar esses desafios. MÉTODOS: Refere-se a uma revisão integrativa, que envolveu o cruzamento dos descritores "Health of Indigenous Peoples OR Indigenous Health". Em seguida, foi realizada uma busca sistemática em bases de dados eletrônicas, como PubMed, Scopus e Web of Science. Foram incluídos estudos publicados nos últimos cinco anos, em inglês, português ou espanhol. Critérios de exclusão foram estudos duplicados, teses, relatos de casos ou revisões de literatura, Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 30 artigos para leitura na íntegra. partir dessa análise, 15 artigos foram considerados elegíveis para a síntese dos dados coletados. RESULTADOS: Este estudo analisou o impacto das doenças infecciosas nas populações indígenas e as estratégias de prevenção necessárias. As comunidades indígenas enfrentam uma maior incidência e consequências graves de doenças infecciosas devido a fatores como falta de acesso a serviços de saúde adequados e condições socioeconômicas desfavoráveis. As estratégias de prevenção devem ser holísticas, levando em consideração a cultura e os conhecimentos tradicionais das comunidades indígenas. Medidas como promoção da saúde comunitária, melhoria do acesso aos serviços de saúde, programas de vacinação, vigilância epidemiológica e medidas de higiene e saneamento básico são essenciais para reduzir o impacto das doenças infecciosas nessas populações. As infecções mais comuns entre os indígenas incluem doenças respiratórias, gastrointestinais, sexualmente transmissíveis, tuberculose, malária e hepatite. Crianças, idosos e mulheres em idade reprodutiva são os mais afetados, sofrendo impactos financeiros, sociais e de saúde significativos, com acesso limitado aos serviços de saúde e consequências negativas na qualidade de vida. As doenças infecciosas nessas comunidades são frequentemente negligenciadas devido à falta de investimento em políticas de saúde específicas. Estratégias abrangentes de prevenção que envolvem saneamento básico, vacinação, educação em saúde, autocuidado e controle de vetores são essenciais. Os profissionais de saúde desempenham um papel fundamental na prevenção e tratamento, levando em consideração a cultura e os conhecimentos tradicionais das comunidades indígenas. CONCLUSÃO: As comunidades indígenas enfrentam desafios significativos devido a fatores socioeconômicos e de acesso aos serviços de saúde, o que resulta em uma maior incidência e consequências graves de doenças infecciosas. A abordagem de prevenção deve considerar a cultura e os conhecimentos tradicionais das comunidades, garantindo uma abordagem holística e sensível às suas necessidades específicas.
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