Introdução: A prematuridade é um problema de saúde pública global que apresenta desafios significativos na assistência neonatal. Com os avanços tecnológicos e clínicos recentes, o cuidado do recém-nascido prematuro extremo tem evoluído consideravelmente. A prematuridade extrema representa um desafio significativo na neonatologia, exigindo cuidados intensivos para garantir a sobrevivência e o desenvolvimento saudável dos recém-nascidos. Objetivo: Este estudo tem como objetivo analisar os avanços no manejo do recém-nascido prematuro extremo em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs), considerando os impactos desses avanços na morbidade e mortalidade neonatal, bem como as perspectivas futuras para melhorias no cuidado. Metodologia: Foi conduzida uma revisão sistemática da literatura abrangendo estudos clínicos e revisões recentes sobre o cuidado de recém-nascidos prematuros extremos em UTINs. As bases de dados utilizadas incluíram PubMed, Medline, Lilacs e Scielo para buscar publicações nos últimos cinco anos nos idiomas inglês, português ou espanhol. Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) específicos, "Recém-Nascido Prematuro", "Cuidados intensivos" e "Unidades de Terapia Intensiva Neonatal" foram combinados usando "AND". Foram selecionados estudos que relataram intervenções, avanços tecnológicos ou práticas clínicas relevantes para o tema. Foram aplicados critérios de exclusão para eliminar teses, dissertações e revisões que não tratavam diretamente do tópico em questão. Resultando na identificação de 40 artigos, dos quais, após uma análise detalhada e leitura completa, foram selecionados 04 estudos considerados relevantes para a composição da amostra. A análise dos resultados incluiu uma revisão qualitativa e quantitativa dos artigos selecionados. Resultados e Discussão: Os avanços no cuidado do recém-nascido prematuro extremo em UTINs foram notáveis nos últimos anos. Estes incluem: Melhorias nas estratégias de ventilação pulmonar, como a ventilação de alta frequência; Introdução de surfactante exógeno para tratar a síndrome do desconforto respiratório; Uso de estratégias nutricionais avançadas, incluindo nutrição parenteral e enteral personalizada; Abordagens interdisciplinares para o tratamento de complicações comuns, como a enterocolite necrosante e a retinopatia da prematuridade; Adoção de medidas para promover o desenvolvimento neurológico precoce, como o cuidado centrado no desenvolvimento. Os resultados sugerem que esses avanços contribuíram significativamente para a redução da morbidade e mortalidade neonatal em recém-nascidos prematuros extremos. No entanto, desafios persistentes, como a prevenção da sepse tardia e a otimização do crescimento e desenvolvimento a longo prazo, continuam sendo focos de pesquisa e prática clínica. Ademais, há também a necessidade de otimizar a assistência centrada na família, minimizar os efeitos adversos a longo prazo da prematuridade e melhorar a coordenação do cuidado entre unidades neonatais e cuidados primários. Conclusão: Os avanços no cuidado do recém-nascido prematuro extremo em UTINs têm tido impactos positivos na sobrevida, no neurodesenvolvimento e para a qualidade de vida. Pesquisas futuras e a colaboração multidisciplinar são essenciais para abordar os desafios remanescentes e desenvolver estratégias que garantam a saúde e o bem-estar a longo prazo dos recém-nascidos prematuros em UTINs. O conhecimento sobre intervenções eficazes e as áreas que necessitam de maior atenção desempenham um papel fundamental na melhoria da prática clínica e na qualidade de vida dos recém-nascidos prematuros extremos.
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