Introdução: A utilização de Cateteres Venosos Centrais de Inserção Periférica (PICC) é uma prática crucial no tratamento de recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) devido à gravidade clínica e à necessidade de terapia de infusão para restabelecer funções vitais. Na UTIN, o PICC se destaca como a primeira opção quando o paciente requer acesso venoso após 7 dias de vida, pois pode ser inserido no leito pelo pessoal de enfermagem qualificado, dispensando a necessidade de anestesia geral. Essa tecnologia desempenha um papel significativo na prestação de cuidados humanizados e especializados para aqueles que necessitam de terapia intravenosa, evitando procedimentos de punção venosa múltipla que podem aumentar o trauma, o estresse e a dor experimentados pelo recém-nascido hospitalizado. Objetivo: Este estudo visa investigar os avanços e as considerações clínicas relacionadas ao uso do PICC em UTINs, com o objetivo de avaliar a eficácia, segurança e impacto clínico desse dispositivo. Metodologia: Foi conduzida uma revisão integrativa abrangendo estudos clínicos e revisões recentes sobre o uso do PICC em UTINs. As bases de dados utilizadas incluíram PubMed, Medline, Lilacs e Scielo para buscar publicações nos últimos cinco anos nos idiomas inglês, português ou espanhol. Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) específicos "Recém-nascido”, “Cateterismo venoso central” e Unidades de terapia intensiva neonatal" foram combinados usando "AND". Foram selecionados estudos completos que abordaram os avanços e as considerações clínicas relacionadas ao uso do PICC em UTINs. Dentre os critérios de exclusão, eliminaram-se teses, dissertações e revisões que não tratavam diretamente da temática proposta. Resultou-se na identificação de 49 artigos, dos quais, após uma análise detalhada e leitura completa, o total de 05 estudos foram considerados relevantes para a composição desta revisão. Resultados e Discussão: Os resultados destacaram a eficácia dos PICCs na administração de terapias intravenosas e coleta de amostras sanguíneas em recém-nascidos na UTIN. Embora esses dispositivos tenham se mostrado seguros, foram identificadas complicações como infecções relacionadas ao cateter, trombose venosa, e deslocamento do dispositivo, é fundamental reconhecer os riscos potenciais que podem surgir, especialmente em recém-nascidos vulneráveis. As diretrizes clínicas enfatizam a importância da técnica asséptica durante a inserção e manutenção, bem como a seleção cuidadosa dos pacientes para minimizar riscos. Vale enfatizar a necessidade de vigilância contínua para detectar qualquer sinal precoce de complicação. Além disso, é essencial abordar as estratégias destinadas a aprimorar a formação de profissionais de saúde na inserção e no manejo do PICC na UTIN. Investir em treinamento e educação continuada para a equipe de saúde é uma medida que pode impactar positivamente a segurança e a eficácia do uso desses cateteres. O desenvolvimento de protocolos e diretrizes específicos para a UTIN, bem como a ênfase na prática baseada em evidências, pode contribuir significativamente para a redução de complicações relacionadas ao PICC. Conclusão: Em suma, o uso de Cateteres Venosos Centrais de Inserção Periférica na Unidade Intensiva Neonatal é uma prática valiosa, mas que requer atenção cuidadosa e uma abordagem equilibrada. A vigilância constante e as estratégias para aprimorar a capacitação da equipe de saúde são componentes-chave para garantir que os benefícios superem os riscos e que a segurança e a eficácia sejam maximizadas no cuidado neonatal. A pesquisa futura deve continuar a investigar melhorias na técnica de inserção, manejo e vigilância, a fim de aprimorar ainda mais o cuidado neonatal na UTIN.
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