A atenção primária à saúde (APS) é caracterizada como porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), e faz parte da rede de atendimento às urgências e emergências, devendo estar qualificada e dispor de recursos para atender situações de urgências e emergências. Além disso, os profissionais atuantes nesse nível de atenção devem dispor de conhecimentos para reconhecer tais situações e intervirem da melhor forma, prestando o suporte básico de vida (SBV), que se trata do conjunto de ações iniciais de assistência à vítima até a chegada do suporte avançado de vida. Esse conhecimento torna-se importante, uma vez que frente a uma parada cardiorrespiratória (PCR), a intervenção precoce favorece o prognóstico do paciente. Diante disso, esse estudo tem como objetivo identificar o conhecimento dos profissionais de enfermagem da atenção básica acerca do suporte básico de vida. Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de dados de Enfermagem (BDENF) e Portal de Periódicos Capes. Para busca de dados, foram utilizados os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Reanimação Cardiopulmonar” e “Atenção primária a saúde”. Foram incluídos textos complexos, no idioma português e publicados entre 2018 e 2023. Foram exclusas teses, dissertações, revisões da literatura e estudos que não abordassem a temática proposta. Através dos estudos encontrados, percebe-se que os profissionais de enfermagem da APS possuem uma deficiência de conhecimento e prática acerca dos procedimentos e protocolos do suporte básico de vida, principalmente em relação a realização correta das compressões e ventilações e da utilização do desfibrilador externo automático (DEA). Identificou-se que esses profissionais realizam tais condutas com falhas em relação à técnica e frequência adequada. Além disso, os estudos também demonstram que apesar de conseguirem identificar os ritmos chocáveis, existe uma ausência de conhecimento acerca das condutas após a administração do choque. No entanto, nos estudos experimentais, após a realização de intervenções educativas, percebe-se que houve a melhoria dos conhecimentos e habilidades dos profissionais, demonstrando a importância de capacitações efetivas para manutenção do conhecimento dos profissionais e maior qualidade da assistência nesse nível de atenção. Diante disso, conclui-se que existe uma fragilidade no conhecimento dos profissionais da atenção primária em relação ao suporte básico de vida, e esses profissionais devem ser alvos de capacitações contantes a fim de fortalecer a atenção primária e assegurar qualidade diante de atendimentos que requerem o SBV.
Comissão Organizadora
Editora Lion
Comissão Científica