Introdução: De acordo com a Resolução do COFEN 501/2015, é atribuição do enfermeiro prescrever, realizar curativo, coordenar e supervisionar a equipe de enfermagem no tratamento e prevenção de feridas. O curativo é o método mais utilizado para reparação dos tecidos. Por isso, é importante a educação no serviço de enfermagem quanto aos materiais que serão utilizados no tratamento e sua disponibilidade no mercado, além do conhecimento acerca da fisiologia da cicatrização para adequar a assistência que deve ser prestada em cada fase. Objetivo: Neste contexto, este relato busca analisar o conhecimento técnico-científico dos enfermeiros quanto às coberturas utilizadas no tratamento de feridas relacionando a realidade do SUS. Metodologia: Este relato constitui a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem oriundos de uma universidade privada do município de Teresina-Piauí, diante do curso teórico-prático sobre avaliação de feridas ofertado pelo centro acadêmico de enfermagem da instituição. Resultados: Durante o curso de Avaliação de Feridas, foi apresentado aos alunos o atual crescimento no tratamento de feridas, com o surgimento de tecnologias, produtos no mercado e métodos. Porém de encontro a isso, ocorreu por parte dos alunos questionamentos quanto aos desafios no SUS, já que há precariedade dos recursos materiais e insumos, além da fragilidade no atendimento e falta de conhecimento por parte dos profissionais, pois o tratamento de feridas necessita de um conjunto de informações sobre as condições do indivíduo e o seu meio. A falta de ofertas de capacitação por parte da APS, demonstra as dificuldades do profissional de enfermagem em avaliar a lesão, muitas das vezes determinar o tipo de tratamento, orientar e supervisionar a realização dos curativos, o que acaba prejudicando a execução do cuidado integral daquele paciente. Conclusões: Diante disso, nossa vivência constatou que, a falta de recursos e desenvolvimento de estratégias, técnicas de cuidado e planejamento de ações, além da deficiência na avaliação da ferida até a escolha do tratamento que deve ser utilizado, acabam prejudicando a assistência ao paciente. Por isso é importante que os profissionais de enfermagem, realizem cursos de capacitação e atualização que direcionem e auxiliem nos cuidados, assim como também se faz necessário uma gestão hospitalar que identifique os déficits e procure novas tecnologias que podem ser usadas no tratamento de feridas.
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