INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas, vivenciamos um processo acelerado de desenvolvimento científico e tecnológico que ocasionou repercussões consideráveis no estilo de vida dos indivíduos. A expansão dessas inovações de acesso à informações, mídias sociais e informatização de aparelhos e tarefas domésticas passaram a ser parte da sociedade globalizada, transformando drasticamente os modos de produção, do saber e as formas de comunicação e relações sociais na contemporaneidade. No entanto, como resultado dessas transformações tecnológicas de forma acelerada, o público geriátrico, em decorrência de fatores econômicos, sociais, educacionais e até mesmo devido aos aspectos do próprio envelhecimento, é um dos grupos que mais enfrentam dificuldades para adaptar-se às novas tecnologias, especialmente no que concerne às Tecnologias de Informação e comunicação (TICs), configurando-se como um grupo excluído digitalmente. Nessa perspectiva, incluir os idosos nessa era informatizada é fundamental para promover o envelhecimento ativo, pois a falta de acesso ou de compreensão tecnológica interfere de forma significativa na integração e na participação desses indivíduos na sociedade. OBJETIVO: Descrever os benefícios e desafios da inclusão digital do público geriátrico. METODOLOGIA: A abordagem empregada consiste em um revisão bibliográfica, de caráter descritivo realizada em setembro de 2023 por intermédio da Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde da seguinte forma: “Tecnologia da informação” OR “Informática” AND “Inclusão digital” AND “idosos”. Os filtros de inclusão utilizados foram: trabalhos completos, em português, publicados nos últimos cinco anos. O levantamento inicial resultou na identificação de 18 estudos. Após aplicação dos critérios de inclusão e análise exploratória do conteúdo, 03 foram selecionados para a amostra final. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise da literatura evidenciou que a inclusão digital na terceira idade traz alguns benefícios como: integração do idoso no convívio social e a manutenção de laços familiares e amizades, atenuando, dessa forma, a solidão, a ansiedade e o isolamento social que é comum nessa faixa etária. Além disso, os estudos mostraram também que a obtenção de informações e conhecimentos, ocupação do tempo ocioso, diversão, entretenimento, aumento da autoestima, melhora da comunicação, maior facilidade no processo de ensino/aprendizagem e a manutenção da capacidade cognitiva são consequências positivas decorrentes da inclusão desse segmento populacional nos serviços informatizados. Dessa forma, os estudos convergem para a boa associação entre o uso das tecnologias digitais e a autonomia e independência funcional desses indivíduos na execução de atividades cotidianas, corroborando para a manutenção da saúde física e psíquica. Outrossim, quanto aos obstáculos para sua operacionalização, os idosos enfrentam alguns desafios que estão atrelados tanto aos declínios do próprio envelhecimento, como dificuldade de aprendizado e memorização, quanto devido às dificuldades de adaptação às novas tecnologias em decorrência de seu rápido desenvolvimento atualizações constantes, que coloca-os frente a uma realidade tecnológica totalmente diferente da sua época, que são influenciadas pelo nível educacional e condições socioeconômicas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir desse compilado, é indubitável que a inclusão digital do público geriátrico é peça fundamental para promoção do envelhecimento saudável e ativo, uma vez que proporciona inúmeros benefícios que colaboram para a manutenção da autonomia e capacidade funcional dos idosos, e consequentemente uma boa qualidade de vida. Para isso, se faz necessário conhecer os obstáculos que afetam ou dificultam a capacidade dos idosos na utilização dessas tecnologias, e a partir disso elaborar estratégias de ensino e intervenções de acordo com as demandas específicas desse público.
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