Introdução: A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é um grave problema de saúde pública responsável pelo comprometimento do sistema imunológico, através da depleção das células de defesa do organismo, mais especificamente os linfócitos TCD4. O comprometimento dessas células resulta em uma condição de imunodeficiência, tornando o organismo vulnerável a infecções oportunistas e até mesmo algumas neoplasias Diante desse cenário, a Terapia Antirretroviral (TARV) surgiu como tratamento para uso clínico em pessoas portadoras do HIV, com o objetivo de impedir ou amenizar a multiplicação do vírus, evitando a fragilização imunológica e atingir a supressão viral. Objetivo: Descrever os fatores que causam resistência à adesão à Terapia Antirretroviral em indivíduos infectados pelo HIV, bem como elucidar estratégias que melhorem sua aceitação. Metodologia: Revisão integrativa realizada entre os meses de setembro a outubro de 2023 através das bases de dados MEDLINE, SCIELO, LILACS e BDENF com o cruzamentos dos descritores da seguinte forma: ("Vírus da Imunodeficiência Humana") OR ("Síndrome da Imunodeficiência Adquirida") AND ("Adesão à Medicação") OR ("Terapia Antirretroviral de Alta Atividade"), resultando em 537 referências encontradas. Após aplicação dos critérios de inclusão e análise dos conteúdos, 07 estudos foram incluídos nessa revisão. Resultados e discussão: Os empecilhos observados para a adesão à essa terapia, estão presentes em contextos econômicos e socioculturais distintos, associando-se às limitações financeiras, falta de apoio familiar, estigma social e receio do diagnóstico, baixa escolaridade, falta de conhecimento a respeito dos benefícios do tratamento, dificuldades de acesso aos serviços de saúde e reações adversas à medicação. Assim, a literatura evidencia que a adesão à TARV é permeada por questões multifatoriais que envolvem a superação das dificuldades socioeconômicas, mudanças comportamentais e de estilo de vida. Considerações finais: Esses dados evidenciam a necessidade de uma maior engajamento e acolhimento por parte dos profissionais de saúde, para que conheçam as particularidades e dificuldades tanto financeiras quanto psicossociais de cada paciente com o intuito de compreender os aspectos que podem motivar ou ocasionar a evasão no seguimento do tratamento. Para isso, devem oferecer uma escuta qualificada, livre de preconceitos e julgamento, ressaltando a importância e as vantagens da adesão contínua à terapia, com o intuito de gerar um estímulo ao indivíduo para a manutenção de sua saúde.
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