Historicamente, a abordagem da saúde mental esteve focada na identificação e tratamento de transtornos específicos, muitas vezes negligenciando as questões relacionadas ao sofrimento mental que não se enquadram em categorias diagnósticas tradicionais. O termo "sofrimento mental comum" surge como uma alternativa para compreender uma gama mais ampla de experiências psicológicas. Este estudo tem como objetivo principal realizar uma revisão integrativa para explorar e compilar as evidências existentes sobre o sofrimento mental comum. Pretende-se analisar estudos que abordam a definição, epidemiologia, fatores de risco e estratégias de intervenção relacionadas a essa dimensão mais ampla do sofrimento mental. A metodologia adotada consiste em uma revisão integrativa da literatura, que permite a síntese de dados de diferentes tipos de pesquisa, proporcionando uma visão abrangente do tema. A busca sistemática será conduzida em bases de dados eletrônicas, como PubMed, Scopus e PsycINFO, utilizando termos relacionados a "sofrimento mental comum". Serão incluídos estudos publicados nos últimos dez anos que abordem a temática de forma abrangente, sem foco exclusivo em diagnósticos específicos. A revisão integrativa revelou uma diversidade de definições para o termo "sofrimento mental comum". Diferentemente dos transtornos psiquiátricos, esse conceito engloba uma variedade de experiências emocionais e psicológicas que não se enquadram em categorias diagnósticas estabelecidas. A prevalência do sofrimento mental comum mostrou-se significativa em várias populações, independentemente de características demográficas. Fatores de risco associados ao sofrimento mental comum incluem estressores cotidianos, eventos traumáticos, falta de suporte social e desigualdades socioeconômicas. Estratégias de intervenção que vão além do modelo tradicional de tratamento psiquiátrico têm se mostrado eficazes, incluindo abordagens psicoterapêuticas, promoção de autocuidado e fortalecimento de redes de apoio comunitárias. Os resultados desta revisão integrativa destacam a necessidade de uma abordagem mais holística na compreensão e abordagem do sofrimento mental. O reconhecimento do sofrimento mental comum não apenas amplia a compreensão da saúde mental, mas também sugere direções mais inclusivas para políticas de saúde e práticas clínicas. Ao considerar o sofrimento mental comum, profissionais de saúde mental podem adotar abordagens mais centradas na pessoa, adaptando intervenções às experiências individuais e promovendo uma compreensão mais compassiva das lutas emocionais. Isso também ressalta a importância de estratégias preventivas, como a promoção de bem-estar psicológico e o acesso facilitado a recursos de apoio.
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