A cirurgia cerebral assistida por imagem permite ao cirurgião navegar dentro do crânio, usando as imagens de tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) realizadas antes da operação, utilizando sistemas de rastreamento tridimensionais (3D) em tempo real durante o procedimento. Este estudo tem como objetivo analisar a literatura sobre as principais aplicações da navegação cerebral na cirurgia cerebral contemporânea. Foi realizada uma revisão da literatura por meio de pesquisa na base de dados PubMed nos últimos 15 anos, em português e inglês, utilizando os termos neuronavegação/neuronavigation, estereotaxia/stereotaxis, cirurgia de glioma, neuroendoscopia/neuroendoscopy, cirurgia de epilepsia, aneurisma. A navegação cerebral ajuda na localização espacial, orientando os acessos cirúrgicos, resultando em uma melhoria na qualidade e segurança do procedimento. Destaca-se a importância dela em cirurgias de gliomas em áreas do cérebro importantes, juntamente com procedimentos neuroendoscópicos e cirurgias de epilepsia, combinadas com ultrassom 3D e/ou RM durante a cirurgia, o que reduz significativamente a morbidade do procedimento. O deslocamento das estruturas após a abertura do crânio e da dura-máter ("brain shift") é considerado um desafio para o método, dificultando a correspondência perfeita entre as imagens pré-operatórias e a navegação cerebral em tempo real, mas a realização de RM durante a cirurgia (renavegação) pode minimizar esse problema.
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