Introdução: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA) são frequentemente comórbidos, criando desafios únicos no diagnóstico e tratamento. Este estudo revisa intervenções terapêuticas eficazes para a gestão de TDAH em indivíduos com TEA, utilizando uma abordagem metodológica mista, incluindo uma revisão sistemática da literatura e análise de estudos de caso. Foram incluídos artigos publicados entre 2018 e 2023 nas bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science, utilizando os descritores "ADHD", "Autism", "Therapeutic Interventions" e "Management". Além disso, entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde forneceram insights qualitativos adicionais. Intervenções comportamentais, como a análise do comportamento aplicada (ABA) e a terapia cognitivo-comportamental (TCC), mostraram-se particularmente eficazes na redução dos sintomas de TDAH em indivíduos com TEA. Essas técnicas melhoraram a regulação emocional e o controle dos impulsos, com programas de treinamento de habilidades sociais promovendo melhorias na interação social e adaptação comportamental. Intervenções farmacológicas, incluindo estimulantes como o metilfenidato e não estimulantes como a atomoxetina, também desempenham um papel significativo na gestão do TDAH em indivíduos com TEA. No entanto, a resposta aos medicamentos varia, e o monitoramento contínuo é necessário para equilibrar a eficácia do tratamento com possíveis efeitos colaterais. As intervenções educacionais visam criar ambientes de aprendizagem inclusivos e adaptados às necessidades específicas dos indivíduos com TDAH e TEA. Planos educacionais individualizados (PEI), tecnologias assistivas e ajustes curriculares mostraram-se eficazes na facilitação do engajamento acadêmico e na redução do estresse escolar. A importância do envolvimento ativo da família e da comunicação entre escola e profissionais de saúde é destacada. Este estudo sublinha a necessidade de abordagens terapêuticas integradas e personalizadas, combinando intervenções comportamentais, farmacológicas e educacionais. A colaboração entre profissionais de saúde, educadores e famílias é crucial para o sucesso dessas intervenções. Mais pesquisas são necessárias para entender os efeitos a longo prazo e refinar as estratégias terapêuticas. Este capítulo visa melhorar as práticas clínicas e educacionais, promovendo o desenvolvimento e bem-estar de indivíduos com TDAH e TEA.
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