A violência contra as mulheres durante o pré-natal, parto, pós-parto e pós-aborto são conhecidas como violência obstétrica. A violência obstétrica deve ser abordada na formação médica devido ao impacto desses danos na vida da mãe e do bebê. Ao utilizar uma meta-análise documental sobre os projetos pedagógicos de cursos (PPCs) do bacharelado em medicina em Rondônia, este estudo busca identificar as mudanças no itinerário de formação médica que surgem da ressignificação de elementos que atravessam o conceito e a compreensão da violência obstétrica e/ou da violência contra a mulher em geral. Usando a estratégia de busca de fontes de dados e os critérios de inclusão e exclusão, dez PPCs foram analisados. Utilizando a metodologia de síntese narrativa, as análises primárias identificam citações relacionadas ao assunto em cada PPC. Depois disso, essas citações foram analisadas sob a perspectiva de suas analogias e discrepâncias, bem como de suas confluências e divergências. Os resultados e as análises mostram que o estudo da violência obstétrica é essencial na formação médica porque requer conhecimento técnico e clínico, bem como diálogo, empatia e respeito aos direitos das mulheres para garantir um parto mais seguro, humano e digno, protegendo os riscos de complicações e traumas para a mulher e o bebê.
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