Introdução: As infecções gastrointestinais na primeira infância, altamente prevalentes em regiões com saneamento inadequado, comprometem significativamente o desenvolvimento infantil, afetando o crescimento e a cognição. Estudos indicam que essas infecções aumentam o risco de deficiências cognitivas e desnutrição a longo prazo, destacando a necessidade de intervenções precoces e pesquisas mais detalhadas para mitigar esses efeitos e orientar políticas de saúde pública eficazes. Objetivos: Investigar as implicações a longo prazo das infecções gastrointestinais na primeira infância no desenvolvimento infantil. Métodos: utilizou uma metodologia sistemática, analisando estudos dos últimos dez anos em bases de dados reconhecidas, focando nos efeitos das IGs no desenvolvimento cognitivo, físico e imunológico de crianças até cinco anos. A seleção criteriosa priorizou estudos longitudinais e sistemáticos, organizando os resultados em categorias como impacto no desenvolvimento cognitivo, desnutrição e alterações imunológicas. Resultados: As infecções gastrointestinais (IGs) na primeira infância estão fortemente associadas a atrasos no desenvolvimento cognitivo, prejuízos no crescimento e desnutrição, especialmente em crianças de baixa renda. Crianças que sofrem de IGs recorrentes apresentam risco significativamente maior de déficits cognitivos e crescimento comprometido, com prevalência elevada de nanismo e respostas inflamatórias crônicas. Conclusão: é crucial investigar a eficácia de intervenções nutricionais e imunológicas específicas para crianças que sofrem de IGs recorrentes, com o objetivo de desenvolver estratégias mais eficazes para prevenir os efeitos adversos a longo prazo dessas infecções. Por fim, a implementação de políticas de saúde pública que abordem as causas subjacentes das IGs, como saneamento inadequado e desnutrição, é fundamental para melhorar os resultados de saúde infantil em escala global.
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