Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma condição crônica que apresenta uma alta prevalência global, sendo um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de complicações cardiovasculares graves, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. O controle glicêmico adequado é fundamental para minimizar essas complicações, e estudos recentes têm investigado o impacto do controle glicêmico intensivo na redução dos eventos cardiovasculares em pacientes com DM2. Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar o efeito do controle glicêmico intensivo na redução de complicações cardiovasculares em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. A hipótese central é que a redução rigorosa dos níveis de hemoglobina glicada (HbA1c) pode diminuir significativamente a incidência de eventos cardiovasculares, embora esse benefício possa ser acompanhado por um aumento no risco de hipoglicemia severa. Metodologia: A metodologia empregada para este estudo é uma revisão sistemática da literatura, focando em artigos publicados nos últimos 10 anos. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science, e Embase. Foram incluídos estudos que compararam os resultados de pacientes submetidos ao controle glicêmico intensivo versus controle convencional, com foco em desfechos cardiovasculares e a segurança do tratamento. Resultados/Discussão: Os resultados da revisão indicam que o controle glicêmico intensivo pode reduzir modestamente a incidência de complicações cardiovasculares em pacientes com DM2, especialmente em subgrupos com níveis iniciais elevados de HbA1c. No entanto, esse benefício é contrabalançado por um risco maior de hipoglicemia, o que levanta preocupações sobre a segurança e a viabilidade dessa abordagem terapêutica. Conclusão: Em conclusão, embora o controle glicêmico intensivo ofereça benefícios potenciais na redução de complicações cardiovasculares, é essencial equilibrar esses benefícios com os riscos associados, particularmente o risco de hipoglicemia. A implementação de estratégias de controle intensivo deve ser cuidadosamente considerada, levando em conta as características individuais dos pacientes e a possibilidade de personalização do tratamento para otimizar os resultados clínicos.
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