USO DE DILATADOR VAGINAL PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE ESTENOSE VAGINAL EM MULHERES SUBMETIDAS À RADIOTERAPIA PÉLVICA
Alice Campos Neuenschwander¹
Bárbara Isidoro Faria de Pádua2
Isabel Leite Filgueiras3
RESUMO: Introdução: A radioterapia pélvica é comumente utilizada no tratamento de cânceres ginecológicos e anorretais e tem como efeito colateral a estenose vaginal. Essa alteração prejudica a qualidade de vida das pacientes e, por isso, estratégias como o uso do dilatador vaginal são necessárias para a sua prevenção e tratamento. Objetivo: Avaliar o uso do dilatador vaginal como medida preventiva e terapêutica da estenose vaginal em mulheres submetidas à radioterapia pélvica. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de ensaios clínicos publicados nas bases de dados Scielo e Medline nos últimos 10 anos. Resultados: A radiação pélvica é responsável pelo desnudamento do epitélio e ativação de mecanismos de reparo do tecido afetado, resultando na estenose vaginal. A estenose vaginal afeta o bem-estar da paciente, podendo causar dispareunia, sangramento pós-coito e limitação do exame pélvico, prejudicando o acompanhamento da doença. Por essa razão, o uso do dilatador vaginal visa prevenir a formação de adesão entre as paredes da mucosa, promover crescimento epitelial e alongamento tecidual. Evidências científicas dos seus benefícios são produzidas mundialmente, entretanto não há consenso sobre o início, duração, periodicidade e forma de uso, o que resulta no uso inadequado e não padronizado do instrumento e na baixa adesão. Ademais, a falta de informação e orientação adequada pelo médico responsável e a ausência de monitorização são amplamente relatadas. Conclusão: O desenvolvimento de estenose vaginal secundária à radioterapia pélvica e seu impacto na qualidade de vida das pacientes são bem documentados e, com os avanços na Oncologia, cada vez mais sobreviventes enfrentam essas consequências. O uso de dilatador vaginal para essa população é bem difundido, porém a falta de consenso sobre o modo de utilização prejudica a sua aplicação e seus resultados. Dessa forma, faz-se necessário o desenvolvimento de uma diretriz que direcione e unifique a forma de uso e seguimento desse instrumento.
Palavras-Chave: Radioterapia; Constrição Patológica; Qualidade de Vida.
E-mail do autor principal: aliceecamposn@gmail.com
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