Introdução: Estratégias alimentares inadequadas podem acarretar no desenvolvimento de depressão devido à influência nutricional na química cerebral. Dessa forma, tendo em vista os impactos gerados pela má alimentação, torna-se fundamental o aprimoramento da consciência alimentar para evitar a gênese da depressão. A alimentação influencia a saúde mental e pode afetar o risco de depressão. Nutrientes essenciais como ômega-3 e vitaminas do complexo B promovem a saúde cerebral, enquanto dietas ricas em alimentos processados aumentam o risco de depressão. Compreender essa relação ajuda em intervenções preventivas e no tratamento da depressão. Objetivo: O estudo tem a finalidade de avaliar trabalhos científicos que contemplem a relação do aparecimento da sintomatologia de depressão nos indivíduos a partir da alimentação da população afetada. Metodologia: Na revisão integrativa aplicaram-se os descritores em ciências da saúde (DeCS): “Alimentação”, “Depressão”, “Disbiose” e “Saúde mental” para pesquisa nas bases de dados Scielo, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram selecionados ao todo 21 artigos, sendo utilizados os seguintes critérios de inclusão: artigos compreendidos entre o período de 2010 a 2023, artigos originais e disponíveis sem custos, nos idiomas português e inglês. Resultados: Estudos mostram que a interatividade entre os microrganismos intestinais e o hospedeiro que podem desequilibrar ações neurológicas. Dessa forma, alterações na dieta podem ocasionar mudanças expressivas na microbiota entérica, assim, uma alimentação rica em gorduras e com carências nutricionais podem induzir uma inflamação sistêmica com a diminuição da microbiota saudável importante para a proteção da barreira intestinal, o que inicia mecanismos de sinalização que afetam os circuitos neuronais envolvidos no comportamento mental, assim como a diminuição dos níveis de serotonina, o estabilizador natural do humor. Outrossim, há formas de prevenir esse desequilíbrio da interação intestino-cérebro, como o uso de probióticos e uma alimentação rica em nutrientes, principalmente derivados de frutas e vegetais. Considerações finais: Nesse sentido, a disbiose originada pela má alimentação pode induzir a diminuição da serotonina e desregular a conexão intestino-cérebro, o que pode acarretar na gênese da depressão. A alimentação saudável é crucial para a saúde mental, podendo prevenir e tratar a depressão. Dietas ricas em nutrientes essenciais protegem contra a depressão, enquanto dietas pobres aumentam o risco. Investir em uma dieta equilibrada pode melhorar a qualidade de vida e complementar tratamentos médicos.
Comissão Organizadora
Editora Lion
Comissão Científica