MIOCARDIOPATIA DE TAKOTSUBO EM PACIENTE COM TRANSTORNO DE ALZHEIMER: RELATO DE CASO

MIOCARDIOPATIA DE TAKOTSUBO EM PACIENTE COM TRANSTORNO DE ALZHEIMER: RELATO DE CASO

• Autor
• Igor Lima Buarque
• Co-autores
• Arthur Moacir Costa Sampaio Batinga , Cíntia Caroline Nunes Rodrigues , Tainá Ribas Pessôa , Ricardo Buarque Tenório
• Resumo

• INTRODUÇÃO: A miocardiopatia de Takotsubo (MT) é caracterizada por disfunção ventricular transitória na ausência de acometimento significante de artérias coronárias. A fisiopatologia inclui excesso de catecolaminas e disfunção microvascular - frequentemente há estímulo emocional para que seja desencadeada. O diagnóstico é feito diante da sintomatologia típica, alterações ecocardiográficas, ECG e ventriculografia. As alterações anatômicas são desproporcionais à elevação de biomarcadores cardíacos. A recuperação geralmente é espontânea. A terapia é farmacológica e a recuperação geralmente é espontânea. OBJETIVO: Relatar um caso atípico de paciente com miocardiopatia de Takotsubo e transtorno de Alzheimer. MÉTODO: Descrição de relato de caso e comparação com a literatura. RESULTADOS: Paciente do sexo feminino de 79 anos diagnosticada com HAS e transtorno de Alzheimer há 4 anos, tratada com Valsartana + Hidroclorotiazida 160 + 12,5 mg, AAS 100 mg e donepezila 10 mg apresentou episódios recorrentes de síncope. A investigação demonstrou alterações de ECG compatíveis com IAM ântero-septal e elevação de enzimas cardíacas. O ecocardiograma com Doppler demonstrou balonamento do ventrículo esquerdo e obstrução dinâmica na porção basal do septo. Diante da angiografia coronariana sem alterações e da elevação de enzimas compatíveis com IAM, foi realizada ventriculografia esquerda, que demonstrou o achado patognomônico de MT – balonamento apical ventricular e hipertrofia basal compatível com o eco-Doppler.  Após estabilização, houve curso clínico sem complicações e alta após 1 semana com terapia à base de bisoprolol 1,25 mg, AAS 100 mg, furosemida 25 mg dia, metformina 500 mg e omeprazol 40 mg. CONCLUSÃO: A concomitância da MT e do Alzheimer tornam o caso peculiar. Presume-se que por fator emocional não elucidado devido à não colaboração do relatante e anamnese difícil pela condição do Alzheimer, a paciente desenvolveu a síndrome. Ademais, o caso evidencia que suspeita de MT não altera o manejo da sintomatologia cardíaca.

• Palavras-chave
• Catecolaminas, Demência, Disfunção ventricular, Peptídeos beta-Amiloides
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Geriatria

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