Introdução: Os Psicotrópicos atuam no Sistema Nervoso Central com ação direta no humor, no comportamento e na cognição. São indicações de tratamento para transtornos mentais, sendo bastante utilizados por idosos. Porém, a utilização desses medicamentos de forma irracional caracteriza-se como um problema de saúde pública. Nos idosos, podem resultar em repercussões importantes à sua saúde, prejudicando sua capacidade funcional e autonomia, além do risco de óbito. Objetivo: Retratar as consequências do uso irracional de psicofármacos em idosos. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura baseada em dados da Scielo, LILACS, MEDLINE (via Pubmed), com descritores: “Psicotrópicos”, “Idoso”, “Farmacoepidemiologia” e o operador booleano “AND”. Foram analisados artigos publicados na língua portuguesa e inglesa, no período de 2018 a 2022. Como critério de inclusão, optou-se por artigos publicados nos últimos 5 anos e que retratasse o objetivo do estudo. Os de exclusão foram artigos indisponíveis na íntegra. Resultados: Dos 20 estudos encontrados, 5 foram excluídos na fase de título e 3 na fase de resumo, restando 12 artigos para estudo que comprovaram o impacto do uso irracional de psicotrópicos em idosos. A literatura afirma que os psicotrópicos são capazes de promover prejuízos irreversíveis ao idoso quando utilizado de forma indiscriminada, afetando sua qualidade de vida. Essas consequências estão relacionadas à cognição e ao comportamento, visto que aumenta o risco de demência, delirium, quedas, hipotensão ortostática e fraturas. Conclusão: Diante da análise dos artigos, observou-se que a administração irracional de psicofármacos em idosos é responsável pela diminuição da qualidade de vida, isso porque há agravamento na possibilidade de ocorrer quedas e fraturas, revelando uma ameaça real à integridade física destes indivíduos. Igualmente, percebeu-se ser um fator de risco para ocorrência de demência e delirium. Portanto, é imprescindível analisar o risco-benefício para um tratamento farmacológico mais adequado e com menos prejuízos ao paciente.
Comissão Organizadora
David Buarque
Clarita Machado de Melo Santos
Daiana Rego Pinto
Anderson Acioli Soares
Helena Maria de Freitas Medeiros
Carolina Moreira Buarque
Ana Carolina Abreu Machado
Comissão Científica