INTRODUÇÃO: A motivação influencia os idosos a iniciarem e se manterem na prática regular de atividade física (AF). A autoeficácia é também um fator importante para aumentar a AF, referindo-se à confiança que o individuo tem em sua própria capacidade para realizar uma tarefa. Nesse sentido, é importante entender a relação da motivação e autoeficácia em idosos sedentários à prática de AF para melhores estratégias à saúde do idoso. OBJETIVOS: Analisar a relação entre os motivadores percebidos e a autoeficácia para a prática de AF em idosos sedentários. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, com idosos (?60 anos), sedentários (<150 minutos de AF por semana) e livres de diagnóstico limitante para prática de AF. Os motivadores para a prática de AF foram avaliados através da Escala de Motivação à Prática de Atividades Físicas Revisada (MPAM-R), contendo 30 itens divididos em cinco domínios: diversão, competência, aparência, saúde e social. A autoeficácia para a prática de AF foi avaliada através da Escala para autoeficácia para a AF (EAAF), contendo nove itens. Para análise inferencial, foi realizado o teste não paramétrico de Correlação de Spearman (r), com significância adotada em p?0,05. RESULTADOS: A média total de motivação foi de 74,3±22,1. Os domínios com maior média ponderada de motivação foram saúde (3,6±1,1) e diversão (3,2±1,0). A média total para autoeficácia foi de 17,7±7,3. Mais de 70% dos idosos demonstraram baixa autoeficácia em relação à prática de AF, principalmente quando está sob pressão e quando não tem vontade de fazer. Houve uma correlação forte e positiva entre a autoeficácia, o índice total de motivação (r=0,7, p<0,0001) e todos os domínios de motivação (r=0,56 a 0,61, p<0,0001). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que quanto maior a autoeficácia, maior a motivação dos idosos para a prática de AF. A correlação foi evidenciada em todos os domínios da motivação.
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