Depressão maior com sintomas psicóticos em paciente idosa: o desafio no manejo farmacológico

Depressão maior com sintomas psicóticos em paciente idosa: o desafio no manejo farmacológico

• Autor
• Débora Nicácio Falcão
• Co-autores
• Marcus Vinícius Palmeira Oliveira
• Resumo

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  Introdução: A depressão maior com características psicóticas é um subtipo grave do transtorno depressivo, tendo como característica a presença de  delírios e alucinações. O tratamento de primeira linha é a combinação de antidepressivo com antipsicótico ou eletroconvulsoterapia desde a definição do quadro, que muitas vezes não se encontra facilmente disponível nos serviços de saúde. Caso o paciente não melhore, pode-se associar carbonato de lítio. É de fundamental importância que, ao diagnóstico, o paciente seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar, com papel fundamental do Psicólogo para o manejo. Objetivo: Descrever um relato de caso depressão psicótica em uma mulher idosa Método: Trata-se de um relato de caso atendido em um ambulatório de geriatria. Foi realizado revisão de Literatura em base de dados e artigos científicos. Descrição do caso: Mulher, 75 anos, procura atendimento médico pois há 1 mês iniciou quadro de delírios persecutórios, medo de ficar sozinha, agressividade, além de sintomas somáticos. Relato de diagnóstico depressivo há vinte anos. Associado ao quadro, paciente com queixa de esquecimentos. Fazia uso de dois antipsicóticos, sem melhora dos sintomas. RM de crânio inicial sem alterações estruturais. Durante cinco anos paciente vem sendo acompanhada com equipe multidisciplinar, sem controle adequado, com múltiplas associações medicamentosas, além de manifestar efeitos adversos com a associação de classes. Em último atendimento, indicado tratamento com Cetamina devido refratariedade aos medicamentos preconizados e sem possibilidade da eletroconvulsoterapia no estado. Conclusão: A depressão psicótica é um desafio para o geriatra, tanto pela gravidade do quadro quanto pela intolerância medicamentosa em pacientes mais frágeis. Conhecer os fármacos e saber o momento certo de progressão da dose impacta positivamente no manejo do paciente idoso, visto que, muitas vezes, há subtratamento por medo de efeitos adversos, prejudicando sua capacidade cognitiva e funcionalidade, interferindo na dinâmica familiar e privando o mesmo de sociabilizar com o meio. 

• Palavras-chave
• Transtorno psicótico afetivo, Saúde do idoso, Depressão, Antidepressivos
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Geriatria