INTRODUÇÃO: A obesidade infantil geralmente é multifatorial, envolvendo erros na alimentação, disposição genética, aspectos na condição socioeconômica dentre outros. A faixa etária infantil é compreendida do período de 0 até 10 anos, segundo o Ministério da Saúde, e o sobrepeso é definido como o índice de massa corpórea (IMC) 85º para 97º percentil, e obesidade, superior ou igual ao percentil 97º . (Ministério da Saúde, 2023). Analisando o fator socioeconômico fator influenciador na obesidade infantil, é preciso considerar a disponibilidade de alimentos e o acesso à informação, essa última sendo influenciada por meio da educação, da renda e da ocupação dos responsáveis. (BARBOSA, 2004) Esses fatores expõem padrões comportamentais específicos que afetam a ingestão calórica, o gasto energético e a taxa de metabolismo, podendo trazer consequências, caso não haja intervenção, que acompanharão o menor até a idade adulta. As patologias oriundas da obesidade infantil vão desde físicas como doenças metabólicas, cardiovasculares , por exemplo. Como também psíquicas como bullying, ansiedade, depressão (SANTOS, 2020) OBJETIVO: Descrever a obesidade infantil como um problema se saúde e a relação com os aspectos socioeconômicos, levando ao adoecimento. METODOLOGIA:Trata-se de uma revisão de literatura com busca nas bases de dados: SCIELLO, LILACS e MEDLINE; utilizando os descritores OBESIDADE INFANTIL,FATORES SOCIOECONÔMICOS, RISCO A SAÚDE. Como critério de inclusão no estudo a existência do artigo completo e disponível de forma gratuita digital e exclusão o não cumprimento dessas condições previamente estabelecidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Como resultado da pesquisa foram selecionados 45 artigos, sendo incluídos no estudo 12 por atenderem aos critérios de inclusão exclusão. Nesses selecionados a literatura corrobora entre si quanto ao crescimento preocupante da obesidade no mundo e no Brasil e que isso independe do grupo de renda, estando mais relacionada com qualidade das informações do que com a ausência de poder aquisitivo,como informa GOMES et al em seu estudo em 2017, que aponta que em estudos publicados 42 milhões de crianças menores de cinco anos já são consideradas obesas ou com sobrepeso, e estima-se que, para 2025, esse número aumentará para 70 milhões. No Brasil o excesso de peso e a obesidade vêm sendo registrados a partir dos cinco anos de vida em todos os grupos de renda e regiões. No que se refere a patologias, estudos convergem com o pensamento da presente revisão, uma vez que Almeida em 2020 publicou que a obesidade infantil pode gerar problemas imediatos ou futuros como problemas cardiovasculares,problemas de saúde mental, asma, apneia obstrutiva do sono, dificuldades ortopédicas, maturação precoce, síndrome do ovário policístico e esteatose hepática. CONCLUSÃO: Após essa breve elucidação sobre a obesidade infantil relacionada a aspectos socioeconômicos, fica evidente a importância da realização de mais estudos relacionados a essa temática, ampliando e aprofundando o conhecimento dos profissionais, bem como melhorando a prática assistencial de saúde da criança nas diferentes fases do desenvolvimento, considerando as demandas biológicas e psíquicas. Uma vez que Entender o contexto social onde a cliente está inserido auxilia no desenvolvimento de ações condizentes com a realidade e as tornam eficazes e contemporâneas.
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Beatriz Souza da Conceição
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