O puerpério equivale ao tempo de 6 a 8 semanas após o parto, o qual pode ser dividido em 3 períodos: imediato (1º ao 10º dia), tardio (11º ao 45º dia) e remoto (a partir do 45º dia). Nessa fase, ocorrem modificações internas e externas no corpo da mulher, por isso, é de fundamental importância tratar o intervalo puerperal de forma integral, humanizada e resolutiva. A assistência puerperal não foca apenas os aspectos biológicos, mas também considera a dimensão social e econômica da mulher, evitando fragilidades que afetam a criança, como o blues puerperal e a depressão pós-parto. O objetivo deste trabalho, portanto, foi discorrer, sob ótica da Atenção Primária à Saúde (APS), o estado psíquico da mulher durante o puerpério e como este repercute na saúde da criança recém nascida. A metodologia utilizada trata-se de uma revisão bibliográfica na base de dados Medline/PUBMED, utilizando os descritores “Puerpério” e “Atenção Primária à Saúde”. Foram incluídos estudos na língua portuguesa, sem limite do período consultado. Os principais motivos de exclusão foram artigos não relacionados com o objetivo proposto. Como resultados, constatou-se que o puerpério é um período crítico na vida tanto da mulher quanto da criança, uma vez que a saúde de ambos está intimamente ligada. Nesse cenário, a atuação da APS é indispensável, uma vez que ela tem importante papel na instrução da mãe quanto às questões relacionadas a essa fase, como a amamentação e o planejamento reprodutivo. Na assistência ao puerpério, o enfermeiro é considerado o profissional central, e tem sido um importante aliado na promoção e defesa do aleitamento materno, através da orientação e apoio à mulher. Além disso, considerando a introdução da lactação e a amenorréia, essa assistência é favorável ao planejamento familiar. As medidas de planejamento reprodutivo no puerpério representam uma estratégia fundamental para a saúde materno-infantil, prevenindo uma gestação não planejada e suas consequências. Assim, torna-se possível uma diminuição das dificuldades enfrentadas pela família nesse momento de adaptação ao novo integrante, permitindo, também, uma crescente redução das taxas de morbimortalidade materno-infantil. Conclui-se, portanto que, devido à alta vulnerabilidade do binômio mãe e filho no período puerperal, é de suma importância a estratégia de orientação da APS, uma vez que esta possui, de acordo com seus princípios, subsídios para promover o cuidado integral à Saúde da Mulher e da Criança.
Anais do Evento: I° CONAM
doi.org/10.55664/conam2023
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