A sífilis congênita é uma doença transmitida de forma vertical da mãe não tratada ou tratada de forma incorreta para o bebê durante a gestação. A doença atingiu cerca de 1,6 milhões de pessoas no mundo até 2022 e em casos graves pode causar prematuridade, baixo peso ao nascer e até mesmo a morte da criança. Este estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico brasileiro em relação à prevalência de casos de sífilis congênita. Estudo ecológico, quantitativo e descritivo com a análise de dados advindos de uma pesquisa realizada no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), da plataforma DATASUS. Foram analisados dados de internações por sífilis congênita em todas as regiões do Brasil e seus respectivos estados, as taxas de internações foram comparadas do período de 2017 a 2023. Além disso, foram analisadas as porcentagens da população que adquiriram a doença, de acordo com o Censo de 2022. Na pesquisa realizada foram encontrados 117.109 casos de sífilis congênita no Brasil durante o período analisado, além disso, na região em que essa doença está mais presente é na região Sudeste, com 43.781 casos, seguido da região Nordeste com 40.425, Região Norte 13.658, Região Sul 13.293 e Região Centro-Oeste 5.952 casos. De acordo com os resultados, afere-se que a Sífilis Congênita é um problema de saúde pública, uma vez que, em 6 anos acometeu uma grande parcelada população, tendo uma maior incidência na Região Sudeste, com 37% dos casos, essa alta taxa pode ser explicada pela alta densidade populacional da região. Porém, quando comparadas as populações, de acordo com o Censo de 2022 percebe-se que a região Sul é mais populosa que a Região Norte com 29.933.315 e 17.349.619 habitantes respectivamente, no entanto, a Região Norte tem mais casos de sífilis que a região Sul, esse fenômeno pode ser explicado pela subnotificação na Região Sul ou até mesmo pela alta adesão ao tratamento, evitando a transmissão vertical da doença. Este estudo demonstra que o controle da sífilis não está sendo adequado, com uma alta taxa de transmissão vertical e aumentando as chances de desfechos negativos para os bebês que apresentam a doença. Destaca-se também que o número de casos analisados pode ter sido subestimado por subnotificação evidenciado durante o período da COVID-19 (2020-2021).
Anais do Evento: I° CONAM
doi.org/10.55664/conam2023
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