Introdução: O leite materno (LM) é a mais importante e principal fonte de nutrientes para o
desenvolvimento do recém nascido. O aleitamento materno exclusivo (AME) é recomendado
durante os 6 primeiros meses de vida, segundo o Estudo Nacional de Amamentação de
Nutrição Infantil (ENANI). O tempo de amamentação após os 6 meses deve ser mantido de
forma complementar por até 24 meses de vida, pois estabelece um contato ainda mais íntimo
entre a mãe e o bebê e garante a saúde da criança a longo prazo, de acordo com a Caderneta
da Criança, oferecida pelo Ministério da Saúde. Outrossim, o leite materno contribui com
inúmeros benefícios, sobretudo um bom desenvolvimento neurofisiológico e saudável.
Entretanto, a ingestão de álcool pela lactente pode acarretar em diversos malefícios para a
saúde neural do RN, visto que 2% do álcool é transferido para o leite 30 a 60min após
ingestão, podendo causar prejuízos neuropsicológicos e cognitivos na criança. Objetivos:
Elucidar com base no que já há publicado na literatura sobre a ingestão do álcool, por parte da
lactente, regularmente durante a fase de lactação e evidenciar de que forma pode afetar na
saúde neural do bebê. Metodologia: O presente estudo se trata de uma revisão integrativa de
literatura, onde foram utilizados os bancos de dados consultados foram Pubmed e BVS
(Biblioteca Virtual em Saúde). Foram utilizados os Descritores em Ciência da Saúde
(DeCS/MeSH): "amamentação; alcoolismo; saúde mental" e "breast-feeding; alcoholism;
mental health” combinados por AND. Os critérios de inclusão foram publicações com textos
completos e temas relacionados ao proposto, em inglês e português publicados nos últimos 10
anos. Resultados: 5 Estudos selecionados de acordo com os critérios metodológicos apontam
que o consumo de etanol compromete as células imunes do Sistema Nervoso Central,
causando também uma possível deficiência/disfunção neurocomportamental de forma
prolongada, comprometendo o desenvolvimento neuromotor da criança, sono e aprendizado.
No entanto, evidencia-se efeitos tóxicos sobre os neurônios glutamatérgicos e
serotoninérgicos, ocasionando perda neuronal e prejuízo das funções cognitivas e de
regulação do humor e comportamento ansioso. Paralelamente, constata-se agravos na
supressão gênica, migração neuronal e um aumento de radicais livres, o que contribui também
para a possibilidade de causar dificuldade na escrita, ortografia e gramática em crianças de 7 a
11 anos. Considerações Finais: É possível entender, diante do exposto, que o consumo de
álcool durante a lactação está diretamente relacionado a um futuro atraso cognitivo, pois afeta
o sistema nervoso que ainda está em formação. Devido a isso, vê-se a necessidade do
acompanhamento profissional à lactante, de forma a orientar e instruir sobre os riscos e
consequências dos seus hábitos para o bebê. Simultaneamente, são necessárias pesquisas
futuras para investigar de maneira mais aprofundada os efeitos da ingestão de álcool em
período de lactação no neurodesenvolvimento do lactente.
Anais do Evento: I° CONAM
doi.org/10.55664/conam2023
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Comissão Científica
Eduarda Albuquerque vilar
Cristiano Pereira Sena
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