RESUMO: Introdução: A gestação é um momento importante na vida da mulher e ao mesmo tempo traz fragilidade, por mudanças hormonais dramáticas e mudanças no estilo de vida, como cuidar de um recém-nascido e experimentar a qualidade do sono ruim. Nesse momento, muitas mulheres estão suscetíveis ao desenvolvimento de transtornos psiquiátricos pós-parto, como depressão, ansiedade e psicose. São transtornos muito comuns, que podem ocorrer nas primeiras semanas ou até 12 meses pós-parto e por vezes subdiagnosticados devido ao estigma existente. Além de trazer prejuízo para a mãe, com tristeza, diminuição da autoestima, sentimento de fracasso, retraimento social, pode trazer consequências para o bebê, quando interfere na amamentação. Muitos estudos falam sobre a importância da busca por ajuda pela saúde mental começar até mesmo antes do parto, de modo que a gestante esteja preparada e saiba lidar com cada etapa e desafio enfrentado ao longo de sua gestação. O Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia traz opções de tratamento para esses transtornos, como psicoterapia e o uso de inibidores de recaptação da serotonina. Outras intervenções são apontadas em diversos estudos, como terapia de relaxamento, apoio pós-parto em casa, seja do companheiro, familiares, amigos ou outro sistema de apoio social, além da ajuda de profissionais da saúde mental. Um outro exemplo interessante seria o apoio psicoeducacional pré-natal feito em grupo, que permite uma troca entre as gestantes sobre seus desafios, anseios, medos, frustrações. Muito ainda se fala de autoajuda, quando as mulheres buscam por técnicas de enfrentamento, livros de autoajuda ou procura por saúde mental na internet. Objetivo: O objetivo do estudo foi examinar os desafios da saúde mental no período pós-parto e quais intervenções existem para ajudar a gestante. Metodologia: O estudo se deu através de uma abordagem qualitativa e crítica, fundamentada na análise textual de uma seleção de obras acadêmicas e teóricas relevantes ao tema proposto. Resultados: A análise crítica dos artigos evidenciou que os transtornos psíquicos pós-parto estão cada vez mais prevalentes, trazendo grande impacto para a mãe e podendo até afetar o bebê. Além disso, muitos estudos estão sendo feitos para buscar alternativas de intervenção, seja terapêutica, social ou educacional, para melhorar esses sintomas e a relação mãe-bebê. Conclusão: Os transtornos psíquicos pós-parto como desafio da saúde mental são cada vez mais reconhecidos como questões críticas, afetando a qualidade de vida das mulheres e no desenvolvimento do bebê. É preciso ampliar a conscientização sobre a saúde mental materna e romper o estigma associado, criando ambientes onde as mulheres possam buscar ajuda sem medo de julgamento, seja pela sociedade ou até mesmo pelo próprios amigos e familiares. Esse estudo reforça a importância de intervenções precoces, preferencialmente iniciadas durante a gestação, para prevenir o surgimento ou agravamento dos transtornos mentais pós-parto. Essas intervenções precisam ser cada vez mais disponíveis a todas as mães, já que oferecem um suporte essencial, ajudando-as a enfrentar os desafios emocionais e físicos do pós-parto de maneira mais preparada e fortalecida.
Anais do Evento: I° CONAM
doi.org/10.55664/conam2023
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Eduarda Albuquerque vilar
Cristiano Pereira Sena
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