INTRODUÇÃO: As infecções do trato urinário (ITU) consistem na colonização, invasão e multiplicação de agentes infecciosos, especialmente bactérias gram-negativa, em qualquer parte do sistema urinário. Entretanto, devido às alterações fisiológicas e metabólicas que ocorrem durante a gestação, este grupo possui maior suscetibilidade ao desenvolvimento de uma ITU, influenciando diretamente no aumento de complicações, como parto prematuro; baixo peso ao nascer; sepse materna e neonatal; pré-eclâmpsia e insuficiência renal, o que eleva a morbidade tanto para a mãe quanto para o feto (NEVES et al., 2023). Durante a gestação, a ITU é uma condição frequente, afetando aproximadamente 20% das gestantes, o que corresponde a cerca de 130 a 175 milhões de mulheres no mundo anualmente (HACKENHAAR et al., 2023). OBJETIVO: Descrever os riscos das infecções do trato urinário em gestantes. MÉTODOS: Este trabalho consiste em uma revisão de literatura realizada através da base de dados da Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), dos quais foram utilizando os descritores “Gestante”, “Infecções urinárias” e “Prematuro”. Procurou-se por artigos apresentados na íntegra, com delimitação de tempo, publicados no Brasil e/ou internacionalmente, no ano de 2023, sendo ambos de língua inglesa e/ou portuguesa. Com isto, foram encontrados duzentos e um artigos, dos quais, vinte foram selecionados e apenas três foram escolhidos para compor esta revisão bibliográfica. RESULTADOS: As complicações mais frequentes incluem o risco aumentado de pielonefrite, podendo ocorrer em até 30% das gestantes com ITU não tratada, aumentando o risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer. Além disso, a infecção pode induzir à liberação de citocinas inflamatórias, que podem desencadear um parto prematuro (SCHENKEL et al., 2023). Além disso, a infecção urinária tem sido associada a um aumento na incidência de pré-eclâmpsia, condição potencialmente grave que cursa com aumento da pressão arterial e proteinúria na gestante, podendo evoluir com disfunção renal e até convulsões, sendo necessário a indução ao parto, podendo a gestação estar a termo ou não, e com isto acarretar em baixo peso ao nascer (NEVES et al., 2023). CONCLUSÃO: Nesse contexto, o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz da infecção do trato urinário (ITU) em gestantes são fundamentais para prevenir complicações significativas que podem afetar tanto a saúde da mãe quanto do feto. As ITUs não tratadas podem evoluir para infecções mais graves (SCHENKEL et al., 2023). Outrossim, a detecção precoce permite o manejo adequado, minimizando os efeitos adversos. Ademais, a triagem regular e a conscientização sobre os sintomas de ITU e/ou resultados laboratoriais são essenciais, além do acompanhamento médico rigoroso, aliado a intervenções adequadas, garantindo desfechos clínicos mais favoráveis.
Anais do Evento: I° CONAM
doi.org/10.55664/conam2023
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