INTRODUÇÃO: A obesidade é um problema de saúde pública em todos os países e sem distinção nas camadas sociais e etária, sendo comparada a uma epidemia. Seguindo o mesmo panorama mundial, no Brasil 40% da população adulta tem excesso de peso, e a prevalência da obesidade também acontece. Uma epidemia não faz distinção etária, a obesidade não é diferente, em crianças e adolescentes o mesmo fenômeno de distúrbios de peso vem sendo observado nas últimas décadas no mundo (MARCHI-ALVES et al, 2011). De acordo com o estudo de Cavalcanti et al (2010), entre 1980 e 2000, estima-se que a prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças aumentou até 5 vezes nos países desenvolvidos e até 4 vezes naqueles em desenvolvimento. Isso pode ser explicado porque existe uma predisposição ou susceptibilidade genética para a obesidade, sobre a qual atuam os fatores ambientais relacionados com os estilos de vida, em que se incluem principalmente os hábitos alimentares e a atividade física (MIRANDA; NAVARRO, 2008). A obesidade na infância é caracterizada como alarmante e vem gerando preocupações das autoridades públicas, pois em qualquer faixa etária há associação da obesidade com doenças cardiovasculares (DCV) (RECH et al, 2007; PEREIRA et al, 2009). As DCV representam a principal causa de mortalidade em todo o mundo, e estudos evidenciam que há permanência da obesidade da infância para idade adulta, nesse caso se obesidade é fator de risco independente para DCV e essas são as que mais matam no mundo (RÊGO, 2009).OBJETIVO: Descrever a obesidade infantil como fator de risco para doenças cardiovasculares, bem como alertar para esse problema de saúde pública. METODOLOGIA:Trata-se de uma revisão de literatura com busca nas bases de dados: SCIELLO, LILACS e MEDLINE; utilizando os descritores OBESIDADE INFANTIL, DOENÇA CARDIOVASCULAR, SAÚDE PÚBLICA. Como critério de inclusão no estudo a existência do artigo completo e disponível de forma gratuita digital e exclusão o não cumprimento dessas condições previamente estabelecidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Como resultado da pesquisa foram selecionados 37 artigos, sendo incluídos no estudo 10 por atenderem aos critérios de inclusão exclusão. Nesses selecionados a literatura corrobora entre si quanto ao crescimento preocupante da prevalência elevada de obesidade na infância e na adolescência e que isso pode resultar no desenvolvimento mais precoce de doenças crônicas na idade adulta, diminuição da qualidade de vida e custo elevado em cuidados de saúde, alem de ser fator de risco para doenças como hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio (POETA; DUARTE; GIULIANO, 2010).No estudo realizado por ABBES et al, em 2011, a prevalência da obesidade durante a infância e a adolescência aumenta rapidamente tanto no mundo e já alcançou proporções epidêmicas, atentado ainda que o jovem obeso apresenta maior risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não degenerativas. CONCLUSÃO: Após essa elucidação é evidente a relevância de estudos sobre a obesidade infantil e os riscos cardiovasculares como um problema de saúde pública. Direcionar conhecimento e ações para esse público poderia diminuir os indicies de mortalidade por DVC.
Palavras-chave: OBESIDADE INFANTIL, DOENÇA CARDIOVASCULAR, SAÚDE PÚBLICA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAVALCANTI, C.B.S et al. Obesidade abdominal em adolescentes: prevalência e associação com atividade física e hábitos alimentares. Arq Bras Cardiol, v. 94, n.3, p. 371-377, 2010.
MARCHI-ALVES, L.M. et al. Obesidade infantil ontem e hoje: importância da avaliação antropométrica pelo enfermeiro. Esc Anna Nery, v.15, n. 2, p. 238-244, 2011.
MIRANDA, A.A.N; NAVARRO, F. A prevenção e o tratamento da Obesidade durante a infância: Uma opção eficaz para reduzir a prevalência desta patologia. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v.2, n.10, p.313-323, 2008
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