REPERCUSSÕES DO DIAGNÓSTICO TARDIO DE SÍFILIS CONGÊNITA NA SAÚDE MATERNA E INFANTIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

  • Autor
  • Ana Laura Vilas Boas Pascoalino Bueno
  • Co-autores
  • Bianca Cantuária Coutinho Printes , Gabriela da Silva de Carvalho , Raissa Freire de Mendonça , Eidi dos Reis
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente 1,5 milhão de mulheres grávidas são diagnosticadas com sífilis. A sífilis congênita é consequência da infecção do feto pelo Treponema palllidum, transmitido por via transplacentária e independente do estágio clínico da doença na gestante. Ademais, a infecção pode resultar em graves desfechos, como: aborto, óbito fetal e sequelas neurológicas, motoras, cognitivas, visuais e auditivas. Entretanto, a transmissão vertical é evitável, desde que a gestante seja diagnosticada precocemente e tratada adequadamente. Mesmo que o tratamento seja relativamente simples, a sífilis congênita é uma problemática global e de saúde pública, principalmente quando diagnosticada tardiamente, pois a criança pode apresentar lesões cutâneas, úlceras, deformidades e outras patologias. Por fim, as consequências do diagnóstico tardio da sífilis para mãe e para o filho continuam significantes e o extermínio da transmissão materno-infantil só se tornará uma realidade global através de serviços de saúde pré-natal de alta qualidade. OBJETIVO: Compreender de que forma o diagnóstico tardio de sífilis congênita, devido às falhas no pré-natal, afeta a saúde materno-infantil, considerando, principalmente, as repercussões físicas. METODOLOGIA OU MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa, do tipo descritiva, nas seguintes bases de dados: SCIELO, PUBMED e LILACS. Os descritores utilizados foram: “Sífilis congênita”, “Diagnóstico tardio sífilis congênita” e “Realidade materna brasileira sífilis congênita” encontrando, assim, 4 estudos incluídos no PUBMED, 1 incluso no SCIELO E 1 incluso no LILACS, totalizando 6 estudos selecionados. Com filtragem de artigos em português, espanhol e inglês dos últimos 10 anos, sendo excluídos os estudos duplicados, livros, revisões e os que não abordavam o assunto, resultando em 5 estudos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ao analisar algumas referências literárias, revelou-se um aumento na incidência de sífilis congênita (SC) no mundo, destacando-se o Brasil, onde há falhas no pré-natal, como a falta de realização de sorologia materna para sífilis no último trimestre e a ausência de testes treponêmicos durante o parto, contribuindo para diagnósticos tardios de SC. Quanto à saúde da gestante com sífilis e sem tratamento, cerca de 5% evoluíram para abortamento ou parto precoce, resultando em óbito fetal. Além disso, essas mulheres tornaram-se propensas a complicações clínicas da sífilis, como paralisias, cegueira e neurossífilis. Quanto à saúde neonatal, identificou-se prematuridade, baixo peso, lesões cutâneas vesiculo-bolhosas, descamação dos membros superiores e inferiores, hepatomegalia e aspecto séptico. A importância do diagnóstico precoce foi ressaltada, considerando que aproximadamente 70% dos recém-nascidos afetados podem ser assintomáticos ao nascer, embora a presença de lesões cutâneas características da doença possa ser um indicador importante para o diagnóstico. CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: A revisão dos artigos destacou a gravidade do problema da sífilis congênita e a necessidade urgente de melhorias nas práticas clínicas. Medidas são necessárias para melhorar o cuidado à gestante e ao recém-nascido, visando reduzir a incidência de SC e suas complicações. Isso inclui aprimorar as práticas de pré-natal, garantir o acesso a testes de triagem adequados e promover a capacitação dos profissionais para o diagnóstico e tratamento precoces da sífilis congênita.

  • Palavras-chave
  • Diagnóstico tardio; Repercussões; Saúde materno-infantil; Sífilis Congênita.
  • Área Temática
  • Saúde da criança e do adolescente
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