INTRODUÇÃO: Doenças Cardiovasculares (DVC) são doenças que afetam o coração e vasos sanguíneos e constituem um dos principais problemas de saúde da atualidade e a maior causa de morte no no Brasil. Os fatores de risco cardiovasculares (FRCV) surgem cada vez mais cedo e se estendem pela vida adulta, eles relacionados ao próprio indivíduo, como dislipidemia e obesidade ou relacionados de forma indireta, como histórico familiar. Quando analisamos o curto tempo de vida da criança é possível apontar como FRCV a influência da gestação na vida do extra uterina do bebê, uma vez que os fatores de risco para a doença cardiovascular aterosclerótica infantil ocorre quando o ambiente intra-uterino é desfavorável. Assim, o feto pode apresentar retardo de crescimento intra-uterino ou macrossomia e estas condições clínicas foram associadas ao desenvolvimento tardio de doença cardiovascular e hipertensão arterial (GIULIANO et al, 2005). É válido ressaltar que desenvolver Doença Cardiovascular (DVC) pode ser influenciada por diferentes variáveis genéticas e ambientais. De uma forma geral, a obtenção de um histórico familiar detalhado revela a suscetibilidade genética para o desenvolvimento de doença coronariana precoce (RABELO, 2001). O histórico familiar tem influência na vida da criança extra útero pois doenças multifatoriais, como a cardiovascular, em seu estudo Mendes et al evidenciou que a aterosclerose inicia-se precocemente, havendo evidências da presença de estrias gordurosas nas aortas em filhos de mães com hipercolesterolemia, já na vida intra-uterina. Sua ocorrência é ainda muito influenciada pela presença dos fatores de risco para doença arterial coronariana (DAC). OBJETIVO: Descrever a Doença Cardiovascular Infantil e sua relação com o histórico familiar. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura com busca nas bases de dados: SCIELLO, LILACS e MEDLINE; utilizando os descritores OBESIDADE INFANTIL, DOENÇA CARDIOVASCULAR, OBESIDADE MATERNA Como critério de inclusão no estudo a existência do artigo completo e disponível de forma gratuita digital e exclusão o não cumprimento dessas condições previamente estabelecidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Como resultado da pesquisa foram selecionados 15 artigos, sendo incluídos no estudo 6 por atenderem aos critérios de inclusão exclusão. Nesses selecionados a literatura corrobora com o compilado de informações dessa revisão que associa a história familiar como um fator de risco para DCV, onde a I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência – I DPAIA (2005) recomenda a análise do perfil lipídico em crianças que tenham pais ou avós com história de aterosclerose, e genitores com hipercolesterolemi (KERBER, 2010). Dessa forma o histórico familiar influencia nos eventos cardiovasculares infantis pois Guardamagna et al (2011) apontaram que a história familiar de obesidade é um fator de risco independente para eventos cardiovasculares futuros nas crianças e adolescente. A maioria dos estudos na população pediátrica em geral têm uma associação positiva entre história familiar e doença cardiovascular infantil.CONCLUSÃO: Após essa breve elucidação sobre a FRC infantil associado aos FRCV fica evidente a relevância da temática, bem como, a necessidade realização de mais estudos relacionados ao tema, ampliando o conhecimento dos profissionais e melhorando a prática assistencial de saúde da criança.
Referências:
GIULIANO, I.C.B. et al. Lípides Séricos em Crianças e Adolescentes de Florianópolis, SC – Estudo Floripa Saudável 2040. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v.85, n.2, p.85-91, 2005.
GUARDAMAGNA, O. et al. Lipoprotein(a) and Family History of Cardiovascular Disease in Children with Familial Dyslipidemias. THE JOURNAL OF PEDIATRICS, v. 159, n. 2,p.314-319, 2011
KERBER, S.L; ANTUNES, A.G.V, CAVALETT, C. Avaliação do perfil lipídico em alunos de 10 a 18 anos em uma escola particular do município de Carazinho-RS*. RBAC, v. 42, n.3, p. 231-234, 2010.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). III Diretrizes Brasileiras Sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol, v.77, n.3, p.1-48, 2001.
Comissão Organizadora
Ananda Coelho
Beatriz Souza da Conceição
Comissão Científica