Adriana Valéria Hoffmeister Daltrozo, Caroline Duarte Machado, Joseane Mosmann Kirsch, Monique Benin Ponzi, Patricia Seibel Bonatto, Wagner Rodrigo Lara Fortes.
Introdução: A violência contra as mulheres é um problema de saúde pública, pelo fato desta desencadear doenças de contexto biopsicossocial, além de reduzir a qualidade de vida. É importante buscar estratégias para combatê-la, o que exige atuação em todas as áreas relacionadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).¹ Objetivo: Apresentar e identificar os fatores que influenciam à vitimização e às fragilidades no atendimento humano a mulheres vítimas de violência e a importância de capacitação da equipe multiprofissional, bem como o uso de sistema de notificação.Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com delimitação de palavras chaves, aplicação de critérios definidos para seleção de artigos e análise de dados contribuindo para o conhecimento de determinado assunto.² Resultados e Discussão: O tratamento humanizado às mulheres em situação de violência é um direito garantido pela Lei Maria da Penha e pela Política Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, que tem como objetivo o acolhimento e orientação de forma integral às vítimas, respeitando sua autonomia, dignidade e integridade, e prevenindo a revitimização, promovendo a responsabilização dos agressores.³ Para um tratamento eficaz, é necessária a articulação dos diversos serviços especializados que compõem a rede de tratamento as mulheres. Aspectos como a falta de infraestrutura apropriada, escassez de profissionais capacitados e preparados para lidar com situações de violência contra as mulheres, além do conhecimento insuficiente sobre questões de gênero, indiferença e a descrença daqueles que prestam atendimento têm impacto na vitimização, resultando também em subnotificação dos casos?. A vitimização pode ocorrer em diversos espaços, inclusive na sociedade em geral. A revitimização compreende uma série de atividades e questões que confundem essas mulheres. O que, em muitos casos, desencorajam a denúncia contra os agressores ou desestimulam o avanço do processo jurídico.? Considerações finais: É necessário ter recursos para treinar e conscientizar todos os profissionais envolvidos nesse processo, assim como melhorar a notificação de casos suspeitos ou confirmados de violência contra mulheres. A informação é crucial para enfrentar a violência, produzir estatísticas e entender a natureza e a gravidade do problema. Facilitando a promoção de planejamento de políticas adequadas para reduzir e criminalizar esses casos.?
Comissão Organizadora
Ananda Coelho
Gian Lucas Teixeira Caneschi
Náthaly Oliveira Youssef de Novaes Issa
Beatriz Souza da Conceição
Comissão Científica
Gian Lucas Teixeira Caneschi