Autores: Débora Larissa Rufino Alves¹, Mônica Rufino Alves Matias, Ana Carolina Arruda Silva, André Cordeiro de Sousa Absalão, Marcelo Fulco Trindade, Flávio de Souza Gonçalves Filho, Fernanda Carolinne Marinho de Araújo
INTRODUÇÃO: A OMS (Organizac?a?o Mundial de Sau?de) reconheceu o estado de pandemia no fim de 2019, devido à disseminação de uma doenc?a respirato?ria denominada COVID-19. (CUÑARRO-LÓPEZ, 2021)É uma doença viral, com alta taxa de transmissibilidade, morbidade e mortalidade na populac?a?o mundial, com mais de tre?s milho?es de pessoas mortas no mundo, sendo dessas no Brasil aproximadamente 200 mil óbitos em 2020 (OMS, 2021). Essa realidade de contaminação pelo COVID 19 é ainda mais alarmante quando se trata do público de gestantes, devido a imunossupressão inerente à condição biológica do gestar, pois ao positivar de forma sintomática para o coronavírus as grávidas imunossuprimidas têm mais chances de apresentar maiores complicações respiratórias e evoluir para óbito, desse modo esse público femino é mais suscetíveis a permanência em unidade de terapia intensiva (BARBOSA, 2020). OBJETIVO: Entender o perfil clínico e epidemiológico das gestantes que evoluíram para óbito e fizeram uso de unidade de terapia intensiva, com diagnóstico confirmado de COVID 19, no ano de 2020, no Estado de Pernambuco. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa de caráter transversal e retrospectivo. A coleta de dados foi realizada através de pesquisa no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVE Gripe), foram coletadas informações acerca dos dados sociodemográficos das mulheres, seus antecedentes pessoais, dados obstétricos, internação em UTI, suporte ventilatório, uso de retrovirais e desfecho duro. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O presente estudo traz como resultados que das 258 mulheres estudadas positivadas para COVID 19 sintomáticas, 81% eram pardas e 88%, das mulheres estavam no terceiro trimestre, dados cor da pele e período gestacional. A literatura é unânime quanto ao período gestacional avançado ser um preditor de gravidade no covid 19. em consonância com o estudo de BARBOSA et al. No que se refere à internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 30% da amostra fez uso desse serviço hospitalar, e destes 75% utilizaram suporte ventilatório, 17% usaram retrovirais, 14% da amostra evoluiu para óbito. Os dados desse estudo estão corroborando com a literatura vigente de estudos Nogueira , 2020 e Cuñarro-López que 2021 evidenciaram dados semelhantes aos deste estudo. CONCLUSÃO: Esse estudo permitiu a sucinta caracterização do perfil de gestantes pernambucanas que vieram a óbito e fizeram uso de UTI como fatores associados. No entanto, é imprescindível a necessidade de aprofundamento dessa temática com novos estudos e publicações do gênero, uma vez que a literatura ainda é carente de informações dessa magnitude, com o intuito de oferecer uma melhor assistência para o público feminino.
Comissão Organizadora
Ananda Coelho
Gian Lucas Teixeira Caneschi
Náthaly Oliveira Youssef de Novaes Issa
Beatriz Souza da Conceição
Comissão Científica
Gian Lucas Teixeira Caneschi