Débora Larissa Rufino Alves1, Monica Rufino Alves Matias ², ³, Fernanda Carolinne Marinho de Araújo ³, Giovanna de Souza Novaes Araújo Candeia ³, Gabrielly Araújo Prazeres Gonçalves ³, Julio Magalhaes Maximo Lacerda³, Lucas Wanderley dos Santos³.
Mestre pela Universidade de Pernambuco e acadêmica de Medicina da UNINASSAU Recife
Bacharel em medicina
Acadêmico de Medicina Uninassau Recife
INTRODUÇÃO: Em 2022 a expectativa de vida das brasileiras era de 79,0,5 anos graças aos avanços na assistência à saúde e melhoria do status socioeconômico da população, o que indica a necessidade de uma atenção à saúde direcionada para o público feminino que contemple todas as fases de suas vidas. Durante o envelhecimento ocorrem mudanças físicas, psicológicas e sociais podem impactar negativamente a qualidade de vida feminina (MENDONÇA, 2012).
No processo de envelhecimento todas as mulheres passam por uma fase conhecida como climatério e que de acordo com a (OMS) é uma fase biológica da vida e não um processo patológico, sendo a menopausa um marco, correspondendo ao último ciclo menstrual, somente reconhecido depois de passados 12 meses de sua ocorrência, e que acontece em torno dos 48-50 anos de idade (BRASIL, 2008; OMS, 2002).
Estima-se que no Brasil existam 30 milhões de mulheres entre 35 e 65 anos, o que significa dizer que cerca de 32% da população feminina está vivenciando o período climatérico (ARAÚJO, 2013). Ele está associado, em menor ou maior grau, com sinais e sintomas, como por exemplo, instabilidade vasomotora (fogachos), atrofia da genitália, diminuição da massa óssea, aumento do risco de doenças cardiovasculares e sintomas psicológicos. Durante essa fase 60% a 80% das mulheres referem algum tipo de sintomatologia que é atribuída, na maior parte das vezes, a diminuição dos níveis de estrogênio, pelo declínio da função ovariana. Os sinais e sintomas mais comuns são a irregularidade menstrual, o aparecimento ou agravamento do quadro de tensão pré-menstrual, cólicas menstruais, palpitações, tontura, cansaço, cefaleia, dores articulares, ansiedade, irritabilidade, insônia, depressão, dispareunia, urgência miccional, cistite, incontinência urinária, secura vaginal e fogachos (onda de calor). Além dessa sintomatologia, as mudanças da configuração corporal e psicológicas, além dos aspectos sociais e culturais da realidade na qual a mulher está inserida, podem interferir na sexualidade feminina (LORENZI, 2006)
OBJETIVO: Descrever a disfunção sexual no no climatério por meio de uma revisão de literatura.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura com busca nas bases de dados: SCIELLO, LILACS e MEDLINE; utilizando os descritores CLIMATÉRIO, DISFUNÇÃO SEXUAL, SAÚDE DA MULHER. Como critério de inclusão no estudo a existência do artigo completo e disponível de forma gratuita digital, do contrário, foi excluído.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Como resultado da pesquisa foram encontrados 12 artigos, sendo incluídos no estudo 6 dentro dos critérios. A literatura corrobora entre si quanto a relação positiva entre disfunção sexual com maior probabilidade em mulheres climatéricas possivelmente explicada pelas alterações fisiológicas desse período (MENDONÇA, 2012). A saúde sexual feminina é um dos indicativos de qualidade de vida e apesar das alterações climatéricas serem fisiológicas as mesmas devem ser atenuadas com o intuito de promoção à saúde da mulher (ARAÚJO, 2013). CONCLUSÃO: Diante da relevância dessa temática é imprescindível a realização de mais estudos relacionados à saúde da mulher climatérica e sua relação com a disfunção sexual, ampliando o conhecimento dos profissionais, bem como melhorando a prática assistencial de saúde da mulher climatérica.
Comissão Organizadora
Ananda Coelho
Gian Lucas Teixeira Caneschi
Náthaly Oliveira Youssef de Novaes Issa
Beatriz Souza da Conceição
Comissão Científica
Gian Lucas Teixeira Caneschi