INTRODUÇÃO: De acordo com o Ministério da Saúde, a sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, causada pelo Treponema Pallidum. Quando não tratada, essa doença pode evoluir para estágios variados, afetando diversos sistemas e órgãos do corpo humano. A transmissão da sífilis ocorre principalmente por via sexual desprotegida e, no caso de gestantes portadoras de Sífilis Gestacional (SG), pode haver transmissão vertical para o feto durante a gravidez. A taxa de transmissão da doença para o feto pode chegar a até 80% intraútero. Isso geralmente ocorre quando a gestante não realiza o tratamento durante o pré-natal ou quando este é feito de forma inadequada. De acordo com o boletim epidemiológico de sífilis do ano de 2023, entre os anos de 1999 e junho de 2023, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 319.806 casos de Sífilis Congênita (SC) em menores de 1 ano de idade. Os elevados índices de SC na população neonatal geram uma preocupação significativa de saúde pública devido às graves consequências que pode causar ao feto, incluindo natimortalidade, aborto espontâneo e morte neonatal. Além disso, os recém-nascidos sobreviventes à SC que não recebem o tratamento adequado podem desenvolver cegueira, surdez, atraso no desenvolvimento, problemas esqueléticos e outras anormalidades.OBJETIVO OU OBJETIVOS: Reconhecer a importância do diagnóstico oportuno e tratamento da gestante portadora de sífilis gestacional durante o pré-natal. METODOLOGIA OUMÉTODOS: Trata-se de uma revisão bibliográfica denatureza qualitativa, cuja pesquisa foi conduzida na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram selecionados artigos publicados no período entre 2019 e 2024, enquanto foram excluídos aqueles que divergiam do tema propostoe que não se encontravam dentro do intervalo de tempo especificado. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através do pré-natal realizado na atenção básica, devem ser realizados testes rápidos e VDRL de forma oportuna. Caso o resultado seja positivo, é crucial iniciar o tratamento com benzilpenicilina o mais rapidamente possível, tanto da gestante quanto de seu parceiro sexual, para evitar a transmissão da espiroqueta para o feto e, como consequência, o diagnóstico de sífilis congênita no recém-nascido.CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Desta forma, é fundamental que o pré-natal da gestante portadora de sífilis seja conduzido por profissionais aptos a oferecer assistência de qualidade, aliado à adesão ao tratamento e ao comparecimento regular para acompanhamento. Tal abordagem desempenha um papel crucial na prevenção de complicações durante a gravidez e na redução do risco de sequelas nos recém-nascidos ao longo de suas vidas.
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Ananda Coelho
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