INTRODUÇÃO: No Brasil, em 2002 a mortalidade materna segundo o Ministério da Saúde (MS), foi de 50,3% dos nascidos vivos. A região Noroeste teve o maior índice, 60,8% e a região Sudeste obteve o menor índice com 45,9%. Um pré-natal feito com excelência tem total influência na hora do parto e nascimento, com dados significativos de morbimortalidade materna e perinatal. OBJETIVO: Levantar evidencia acerca dos desafios e dificuldades vivenciadas pelos enfermeiros (a) durante as consultas de pré-natal. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão da literatura, a busca foi realizada no Google Acadêmico e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Para direcionar o estudo, optou-se pela seguinte questão norteadora: Quais são os desafios e dificuldades vivenciados pelos enfermeiros nas consultas de pré-natal? Foram incluídos estudos primários que contemplaram os últimos 5 anos e que atenderam objetivo proposto e responderam a questão norteadora. Foram excluídos os estudos secundários, carta editoriais, dissertação e teses, artigos indisponíveis na íntegra e que não abordaram os desafios ou dificuldades pontuadas pelos enfermeiros durante a consulta de pré-natal. É importante salientar que não houve restrição de idioma. RESULTADOS: Através da analise dos artigos, foi possível concluir que enfermeiros que não são bem preparados ou estão no começo da carreira profissional apresenta mais dificuldades para atender as demandas exigidas das gestantes no pré-natal, não sendo possível orientar de forma eficaz. Ademais, foi evidenciado que os profissionais enfermeiros (a) possuem dificuldades em realizar procedimentos simples, tais como ausculta dos batimentos cardiofetais (16%), identificação de fatores de risco (16%) e solicitar e/ou interpretação de exames laboratoriais (28%). Este ultima, apresentou maior percentual com relação aos demais. CONCLUSÃO: Portanto, conclui-se que a falta de experiência e a falta de conhecimento dos enfermeiros em algumas demandas e/ou atividades que são realizadas durante as consultas e acompanhamento do pré-natal podem impactar nos indicadores de saúde deste público. Diante disso, sugere-se a capacitação destes profissionais atuantes na área e treinamento para os enfermeiros recém-formados que foram contratados recentemente pelas instituições, proporcionado metodologias de ensino com práticas ativas e simulação realísticas.
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Ananda Coelho
Beatriz Souza da Conceição
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