As malformações congênitas podem ser alterações morfológicas, funcionais, metabólicas, comportamentais ou hereditárias, as quais estão presentes no nascimento, classificadas pela anatomia, função ou genética, podem ocorrer em qualquer fase do desenvolvimento fetal e é uma temática relevante pois é a segunda causa de mortalidade infantil, determinando 11,2% destas mortes neonatais.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano cerca de 3,2 milhões de crianças no mundo nascem com má formação congênita e aproximadamente 300.000 recém-nascidos com diagnóstico de defeito de nascença morrem nos primeiros 28 dias de vida.
É importante ressaltar que as malformações congênitas podem levar a uma deficiência vitalícia ou até mesmo à morte precoce . Não é possível atribuir uma causa específica a cerca de 60% das anomalias congénitas, ou seja, são de origem desconhecida.
No entanto, algumas das causas ou fatores de risco foram identificados em que maioritariamente a sua etiologia é multifactorial. É importante discernir sobre os os vários fatores relacionados com a anomalias congênitas: A herança mendeliana é de causas genética com maior incidência, condições socioeconômicas, deficiências nutricionais, causas ambientais relacionadas à radiação ionizante, ao metilmercúrio e ao chumbo; determinados fármacos, alcoolismo, rubéola, sífilis congênita e outras doenças maternas, traumatismos, distúrbios genéticos, obesidade e a idade da mãe.
Abordando a causa a obesidade, por gerar alterações metabólicas, já a idade materna como reconhecido fator de risco para a mortalidade e morbilidade fetais, a literatura vigente associa com maior possibilidade de ocorrer a anomalia cromossômica(trissomia do 21) em grávidas com idade superior aos 35 anos. OBJETIVO: Descrever uma das causas de óbito da mortalidade perinatal como consequência de má formação congênita por causas maternas. METODOLOGIA:Trata-se de uma revisão de literatura com busca nas bases de dados: SCIELLO, LILACS e MEDLINE; utilizando os descritores MORTALIDADE PERINATAL PRECOCE, SAÚDE MATERNO- INFANTIL, IDADE MATERNA, SAÚDE PÚBLICA. Como critério de inclusão no estudo a existência do artigo completo e disponível de forma gratuita digital e exclusão o não cumprimento dessas condições previamente estabelecidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Como resultado da pesquisa foram selecionados 15 artigos, sendo incluídos no estudo 8 por atenderem aos critérios de inclusão exclusão. Nesses trabalhos selecionados a literatura corrobora entre si quanto à relação positiva entre idade materna superior a 35 anos como causa de malformações congênitas associadas a mortalidade neonatal, como informa Gonçalves em seu estudo publicado em 2021. Já no que se refere a mães obesas e uso de álcool e drogas durante a gestação, foi possível identificar uma associação positiva com a mortalidade dos recém nascidos, esses dados encontrados por AVILA em 2024 convergem a mesma linha de raciocínio do presente trabalho. CONCLUSÃO: Após essa breve exposição da literatura sobre mortalidade perinatal e fatores maternos como obesidade e idade,, fica evidente a importância da realização de mais estudos relacionados a essa temática, ampliando e aprofundando o conhecimento dos profissionais, bem como melhorando a prática assistencial de saúde materno-infantil
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Ananda Coelho
Beatriz Souza da Conceição
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