INTRODUÇÃO: A gestação é um processo fisiológico, adaptativo, com evoluções naturais que ocorrem sem intercorrências, com duração média de 40 semanas (Brasil, 2017). Apesar de ser fisiológica isso não quer dizer que o período gestacional ocorra sem mudanças nos âmbitos: sociais, físicos, hormonais, mentais, emocionais. Isso porque, gerar uma vida é considerado um período de transição de instabilidade emocional, deixando a mulher mais suscetível a patologias, como depressão (de OLIVEIRA, 2015). Depressão é considerada problema grave de saúde pública, e pode ser precedida por eventos vitais marcantes, como a gestação, o parto e o período pós-parto (MULLER, 2021). A depressão pós parto (DPP) se manifesta como distúrbios do sono, alterações de humor, tristeza, pensamentos de morte e suicídio (GOMES, 2023). Nesse sentido a DPP apresenta no Brasil prevalências de aproximadamente 20% das mães no período até 6 meses pós-parto, e esse período crucial corresponde ao momento de aleitamento exclusivo preconizado pela Organização Mundial da Saúde (SANTANA, 2020). As transformações da gravidez podem durar o período gestacional e pós, caso sejam estendidas para o puerpério feminino podem interferir em fatores associados ao recém nascido (RN), como déficit calórico e nutricional, por exemplo (Santos et al., 2022; MICHELETTI, 2021). Durante o puerpério se dá o aleitamento materno (LM) exclusivo, e esse traz benefícios para a mãe e para o bebê, isso porque o LM tem a composição nutricional ideal para o bebê, reduz risco de infecções, para mãe os benefícios são menor risco doenças como diabetes e aumenta o vínculo mãe-bebê. OBJETIVO: Conhecer a associação entre depressão pós parto no puerpério e aleitamento materno. MÉTODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura com busca nas bases de dados: SCIELLO, LILACS e MEDLINE; utilizando os descritores Puerpério , Depressão pós parto, Aleitamento materno. Como critério de inclusão no estudo a existência do artigo completo e disponível de forma gratuita digital e exclusão o não cumprimento dessas condições previamente estabelecidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Como resultado da pesquisa foram selecionados 13 artigos, sendo incluídos no estudo 8 por atenderem aos critérios de inclusão exclusão. Nesses selecionados a literatura corrobora entre si quanto a relação positiva entre DPP no puerpério e dificuldade no aleitamento materno durante os primeiros seis meses de puerpério, bem como essa condição pode afetar o crescimento e desenvolvimento do recém nascido.(SILVA, 2017; MICHELETTI, 2021). É imprescindível entender que desenvolver depressão pós parto é um duplo problema de saúde pública, capaz de impactar na saúde das puérperas e recém nascido, uma vez que o aleitamento materno preconizado pelo Ministério da Saúde fica comprometido. E essa condição pode levar o RN a complicações clinicas e em casos extremos a óbito, bem como a puérpera pode evoluir com pior prognóstico de depressão que seria o óbito por suicídio (GOMES, 2023). CONCLUSÃO: Após essa breve elucidação sobre as DPP e a possível relação com pior prognóstico para puérpera e consequências clinicas diversas para o recém nascido, fica evidente a importância da realização de mais estudos relacionados a essa temática, ampliando e aprofundando o conhecimento.
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