INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma caracterizada pela elevação da pressão sanguínea sistólica e diastólica, compondo o quadro de Doenças e Agravos Crônicos Não Transmissíveis (DACNTs). Ressalta-se que o controle da hipertensão está diretamente relacionado às mudanças nos hábitos de vida, cuja adesão às práticas de autocuidado colabora para a prevenção de doenças, como a hipertensão, bem como a manutenção da saúde. Nesse contexto, a enfermagem desempenha um papel de suma importância, pois são extremamente relevantes o incentivo e a promoção de estratégias para propagar as informações sobre autocuidado, e seus benefícios. Durante a realização de uma educação em saúde realizada por uma liga acadêmica, constatou-se que as mulheres hipertensas tinham uma visão limitada sobre o que era a HAS, bem como o que era autocuidado e os benefícios para a manutenção da saúde e controle da HAS, restringindo-se apenas ao conhecimento do tratamento medicamentoso. OBJETIVO: Relatar a experiência de graduandos de enfermagem sobre a percepção de mulheres hipertensas acerca do autocuidado com a saúde, em uma ação educativa. METODOLOGIA: O presente estudo consiste em uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, o qual consiste em relatar a vivência de graduandas de enfermagem durante uma ação educativa realizada por uma liga acadêmica em uma associação pública de combate ao câncer de mama. Para o levantamento bibliográfico, foram realizadas pesquisas nas Bases de Dados Medline, LILACS, BDENF, com os critérios de inclusão: estudos completos, com recorte temporal de 2018 a 2023, nos idiomas português e espanhol, utilizando os descritores: Saúde da Mulher, Hipertensão Essencial, Autocuidado e Saúde do Idoso. Os critérios de exclusão foram artigos pagos, teses e textos publicados que não atendiam ao tema de pesquisa. DISCUSSÃO E RESULTADOS: A aferição da pressão arterial foi a atividade mais procurada durante a ação educativa, revelando que as mulheres têm consciência de sua condição, mas entendem pouco sobre a doença e o autocuidado. Fatores como baixa escolaridade e múltiplos papéis sociais podem influenciar na percepção limitada com os cuidados individuais, além disso, durante a dinâmica, foram discutidos diferentes tipos de autocuidado, durante a discussão ficou evidente que muitas mulheres não compreendiam como algumas atividades poderiam impactar no controle da HAS. CONSLUSÃO: A ação educativa destacou a importância do autocuidado na promoção da saúde e controle da HAS, enfatizando a necessidade de abordar essa temática entre as mulheres hipertensas. Dessa forma, estratégias educativas, juntamente com a responsabilidade individual e orientações específicas, são fundamentais para enfrentar os desafios relacionados ao estilo de vida e à percepção do autocuidado. Além disso, as dinâmicas lúdicas mostram-se eficazes na promoção do conhecimento e engajamento do público-alvo.
Comissão Organizadora
Ananda Coelho
Beatriz Souza da Conceição
Comissão Científica