INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) compõe o quadro de Doenças e Agravos Crônicos Não Transmissíveis (DACNTs), a qual atinge um a cada três adultos em todo o mundo, sendo mais prevalente no sexo feminino. Ressalta-se que o controle da HAS está diretamente relacionado às mudanças nos hábitos de vida como alimentação adequada, prática de atividades físicas, abandono do etilismo e tabagismo, dentre outros fatores. Esses hábitos estão relacionados ao autocuidado, que consequentemente colaboram para a prevenção de doenças, como a hipertensão, bem como a manutenção da saúde. Nesse contexto, a enfermagem desempenha um papel de suma importância, pois são extremamente relevantes o incentivo e a promoção de estratégias para propagar as informações sobre autocuidado. OBJETIVO: Relatar a experiência de graduandos de enfermagem sobre a percepção de mulheres hipertensas acerca do autocuidado com a saúde, em uma ação educativa. METODOLOGIA: Pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência. A experiência foi vivenciada a partir de uma ação em saúde voltada para mulheres, ambientada em uma associação pública de combate ao câncer de mama, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, no ano de 2022. Para a composição da base teórica, foram realizadas pesquisas nas Bases de Dados MEDLINE, LILACS, BDENF, os critérios de inclusão foram estudos completos, com recorte temporal de 2018 a 2023, nos idiomas português e espanhol, com os descritores: Saúde da Mulher, Hipertensão Essencial, Autocuidado e Saúde do Idoso, os critérios de exclusão foram artigos pagos, teses e textos publicados que não atendiam ao tema de pesquisa. DISCUSSÃO E RESULTADOS: Foi observado que as mulheres com diagnóstico de HAS possuem consciência da sua condição de saúde, entretanto, em alguns relatos foi evidenciado que muitas não sabiam exatamente o que era hipertensão e na sua percepção o único fator que influenciava no controle da doença era o tratamento medicamentoso e o fator de risco mais evidenciado por elas foi consumo excessivo de sal. Nesse sentido, durante a dinâmica realizada por acadêmicas de enfermagem, foram explanados alguns tipos de autocuidado, como a busca por serviços de saúde, realização de exames como o Papanicolau, atividades em grupos sociais, musicoterapia, dançaterapia, banho aromático, entre outras atividades, que estimulam o corpo e ajudam no alívio do estresse e tensões cotidianas, e consequentemente também colaboram para a manutenção da saúde e controle da HAS. Entretanto, embora elas tivessem consciência de que algumas práticas, como uso da bebida alcoólica, ocasionaram mal a saúde, não compreendiam como algumas ações impactam no controle da HAS. CONCLUSÃO: A ação educativa, portanto, evidenciou que o autocuidado pode auxiliar na promoção da saúde e consequentemente auxiliar no controle da HAS. Contudo, ressalta-se, a importância de ações educativas sobre como o autocuidado é importante para a saúde e bem estar das mulheres, o qual deve somado a responsabilidade individual da paciente e dos serviços de saúde para direcionar orientações específicas para as necessidades singulares de cada mulher, uma vez que os casos hipertensos apresentam estreita relação ao estilo de vida adotado.
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Ananda Coelho
Beatriz Souza da Conceição
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