Introdução: O acúmulo excessivo de gordura no fígado pode acarretar doenças como a esteatose hepática não alcoólica (EHNP), que se não tratada, pode evoluir para cirrose, ou carcinoma hepático, e pode estar associado ao desenvolvimento de outras doenças metabólicas como a obesidade e a dislipidemia, através do estímulo à resistência à insulina. Com isso, estudos vêm mostrando o consumo de antioxidantes na dieta como combate ao estresse oxidativo ocasionado pela EHNP, sendo um aliado terapêutico no tratamento dessa doença. A Euterpe oleracea Mart., conhecida popularmente como açaí, é um fruto nativo amazônico conhecido por possuir concentrações interessantes de compostos fenólicos como as antocianinas e a vitamina E, e desempenha efeito antioxidante e anti-hipertensivo em pacientes hipertensos, induz a vasodilatação endotelial e contribui para o controle das síndromes metabólicas. Objetivos: Identificar os efeitos do açaí no tratamento de doenças hepáticas gordurosas não alcoólicas. Métodos: Revisão literária, realizada na base de dados PubMed, a partir da busca pelos descritores “Antioxidantes”; “Doença hepática gordurosa não alcóolica”, “Euterpe”; e foram escolhidos os artigos que atendessem aos critérios: artigos completos, publicado nos idiomas português e inglês a partir do ano de 2015. Dessa maneira, o corpus de análise foi composto por 9 artigos. Resultados: Nos estudos analisados, foi constatado que a adição do açaí aumentou os níveis de glutationa, e inibiu a produção e acúmulo de GSSG. A introdução de açaí na dieta de animais obesogênicos diminuiu o peso corporal, bem como provocou a redução do tecido adiposo retroperitoneal e epididimal. O tratamento com o açaí também reduziu os níveis glicêmicos de animais alimentados com dieta obesogênica, redução dos níveis séricos de colesterol total, triglicerídeos, LDL e VLDL nos indivíduos que consumiram o fruto. Quando adicionado à dietas obesogênicas maternas, o açaí reduziu o peso relativo, gordura e colesterol no fígado das mães, além de diminuir o grau da esteatose hepática, já na prole com 21 dias, o açaí diminui o peso relativo do fígado, o colesterol sérico e aumenta a expressão dos genes sirt1, srbpf1 e fasn. Conclusão: Os antioxidantes como os presentes no açaí, a vitamina E, resveratrol e sibilinas podem reduzir os marcadores de estresse oxidativo, desenvolvimento de fibrose em animais de laboratório e ativação das células estreladas do fígado. Os estudos sugerem que o açaí pode atenuar a EHNP nas mães e proteger a prole dos efeitos do excesso de lipídios oriundos da dieta materna obesogênica, e diminuir o estresse oxidativo a partir da regulação do metabolismo da glutationa. O fruto se mostrou efetivo em diminuir danos oxidativos e hiperglicemia e em menor grau, reduzir a esteatose hepática e dislipidemia.
Anais do Evento: CONGRESSO INTERNACIONAL MULTIDISCIPLINAR EM ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CABEÇA & PESCOÇO= doi.org/10.55664/conato2023
ISBN registrado: 978-65-981095-1-6
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