Introdução: A asma, também chamada de bronquite asmática ou bronquite alérgica, é uma doença respiratória crônica que atinge as vias aéreas sendo descrita por uma inflamação dos brônquios. Essa condição é caracterizada por uma reação de hipersensibilidade do tipo 1, em que ocorre um processo alérgico intenso causando cansaço, dificuldade para respirar, chiado e sensação de aperto no peito. Estima-se que a asma afete aproximadamente 334 milhões de pessoas no mundo, sendo bastante comum em crianças e adolescentes e aproximadamente 250.000 pessoas morrem por ano no mundo decorrente da asma. No Brasil, o sexo feminino apresenta maior incidência e tendência a apresentar exacerbações devido a fatores hormonais, o que pode explicar o maior número de internações em relação aos homens. Objetivo: Entender a fisiopatologia e os mecanismos imunológicos envolvidos na asma e as consequências no organismo humano. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica em bases de dados como PubMed, Scielo e Google Acadêmico, empregando as palavras-chave “asma”, “imunologia” e “fisiopatologia”. Resultados: A patologia inicia por meio de um processo de sensibilização durante a primeira exposição ao antígeno presente no ambiente. Nesse sentido, a célula dendrítica capta o agente invasor quando ele entra na célula e o leva até um linfonodo para apresentar ao linfócito T CD4 naive por meio do MHC tipo 2. Após, ocorre uma diferenciação desse linfócito T CD4 Th0 no subtipo Th2 devido a ação da interleucina 4, responsável por essa mudança e por induzir a transformação de linfócitos B em plasmócitos para a produção de anticorpos de classe IgE. Estes, posteriormente, se ligam aos receptores dos mastócitos, terminando o processo de sensibilização do indivíduo. Em uma posterior exposição ao alérgeno, a pessoa irá apresentar a sintomatologia da doença devido a ligação cruzada dos antígenos ao IgE e mastócito, ativando-o e causando e degranulação da célula com a liberação de mediadores inflamatórios como histamina, prostaglandinas, citocinas e leucotrienos. Além disso, o linfócito Th2 libera também interleucina 5 que promove o recrutamento para os tecidos afetados e ativação dos eosinófilos, já os linfócitos Th1 produzem o fator de necrose tumoral alfa que aumenta a quantidade de neutrófilos que promovem a inflamação. Nas vias aéreas inferiores, essa atividade resulta em eosinofilia, aumento da produção de muco e aumento da contratilidade da musculatura lisa dos brônquios e bronquíolos, visto que a histamina causa vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, causando edema e vermelhidão no local, bem como o leucotrieno que causa broncoconstrição. Tais fatores geram um processo muito intenso de inflamação, com espessamento da parede dos brônquios e bronquíolos e posterior remodelamento brônquico, o que diminui expressivamente a ventilação do ser humano, característico das crises asmáticas. Considerações Finais: Portanto, o prognóstico em geral é bom em todas as idades, mas especialmente para as crianças pequenas com asma branda a moderada, que podem melhorar a condição ao crescer. Com isso, percebe-se a necessidade de adesão e administração correta dos corticóides inalatórios e broncodilatadores durante o tratamento, a fim de estabilizar as crises de asma e podendo até passar anos sem novos episódios alérgicos.
Anais do Evento: CONGRESSO INTERNACIONAL MULTIDISCIPLINAR EM ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CABEÇA & PESCOÇO= doi.org/10.55664/conato2023
ISBN registrado: 978-65-981095-1-6
Comissão Organizadora
Editora Lion Publication
Comissão Científica
Drª Eduarda Albuquerque Vilar
Dr Cristiano Pereira Sena
Entre em contato com a Editora Lion Publication
Nosso WhatsApp
(92) 99161-5710