Introdução: A obesidade é um distúrbio metabólico que envolve processos inflamatórios e acúmulo de gordura corporal. Assim, está relacionada com o desenvolvimento de patologias como Diabetes Mellitus tipo II e Hipertensão Arterial Sistêmica. Segundo a Organização Mundial de Saúde, anualmente morrem 2,8 milhões de pessoas devido ao sobrepeso e à obesidade e o número de crianças obesas cresce. Nesse sentido, o Programa Saúde na Escola (2007) estabeleceu um vínculo entre os serviços de saúde e de educação, portanto, projetos de intervenção relacionados à obesidade podem ser de extrema importância no combate dessa. Objetivo: Analisar a literatura acerca do tema impactos de projetos de intervenção educacional no combate da obesidade infantil. Método: Trata-se de uma revisão integrativa, na qual foi utilizada a combinação “Criança AND obesidade AND Educação Alimentar e Nutricional”, aplicada nas bases BVS, Lilacs e Medline. Quanto aos critérios de inclusão, foram selecionados artigos com texto completo, publicados nos últimos 5 anos e em inglês e português. Foram excluídos artigos que não abordavam o tema. Dessa maneira, foram analisados 8 artigos (4 oriundos da Lilacs, 3 da Medline e 1 da BVS). Resultados: A aplicação de intervenções relacionadas com a nutrição e com a prática de exercício físicos no âmbito escolar é de extrema importância no contexto do combate à obesidade infantil. Quanto à alimentação, técnicas como intervenção nutricional por via online podem ser adotadas. Nesse sentido, a tecnologia pode ser utilizada como aliada, por meio de estratégias como realidade aumentada associada à abordagem transdisciplinar, promovendo educação em saúde. Para a aplicação desses métodos, é preciso considerar a realidade de cada criança, compreendendo fatores como o envolvimento familiar e contextos étnicos e culturais. Além disso, programas educacionais como o Nutriamigos, que, por meio de recursos audiovisuais, ensinam crianças sobre a composição e importância dos alimentos trouxeram resultados satisfatórios em escolas públicas e privadas. Outrossim, intervenções direcionadas aos pais são eficazes, sendo o encorajamento para que esses estabeleçam uma alimentação saudável um ponto de prevenção da obesidade infantil. Outra proposta de intervenção utilizada no meio escolar foi a campanha “Healthy Me, Healthy We”, que atingiu seus objetivos ao promover um estilo de vida mais saudável entre crianças a partir de uma metodologia com 6 fases (planejamento inicial, pesquisa, desenvolvimento de estratégias, desenvolvimento do programa, implementação e monitoramento/evolução). Dessarte, as intervenções de educação em saúde sobre atividade física e alimentação saudável nas escolas podem ocorrer a partir do uso de questionários estruturados autoadministrados, materiais educativos, orientação nutricional, equipamentos esportivos, questionários, reuniões com pais, degustação de alimentos e participação da comunidade escolar. Por fim, ao considerar a heterogeneidade social, é preciso estabelecer estratégias multidisciplinares, visando promover mudança de estilo de vida, acompanhada de melhoria do perfil antropométrico e de composição corporal. Conclusão/Considerações finais: Diante do exposto, pode-se afirmar que as intervenções educacionais são essenciais no contexto da prevenção e combate da obesidade infantil. As intervenções podem usar a tecnologia ou materiais simples. É indispensável envolver a família, comunidade escolar e considerar os determinantes sociais de saúde.
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