Introdução:A administração de anestesia em pacientes oncológicos é um desafio multifacetado devido à complexidade desses pacientes, que frequentemente apresentam várias comorbidades e são submetidos a tratamentos complementares, muitas vezes antes de serem encaminhados para intervenções cirúrgicas. Objetivo: Realizar uma análise abrangente da literatura atual sobre anestesia e controle da dor em pacientes oncológicos. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura realizada nas bases de dados Pubmed e Scholar Google. Utilizou-se os seguintes descritores: “Oncologia”, “anestesia”, “dor”, cruzados com o operador booleano AND. Foram selecionadas cinco publicações mediante os seguintes critérios de inclusão: artigos completos publicados em periódicos, publicações dos últimos cincos anos (2018-2023), na língua inglesa ou portuguesa. Resultados: A dor em oncologia é um termo amplamente utilizado no campo da saúde e pode estar associada à doença subjacente ou à sua evolução. A experiência dolorosa vivida pelos pacientes com câncer é frequentemente o resultado de múltiplas etiologias que se combinam e se potencializam. Os pacientes que sofrem com a dor decorrente do câncer geralmente enfrentam mais de um tipo de dor, como dor neuropática, dor nociceptiva ou uma combinação das duas, podendo ser contínua ou intermitente. As complicações da anestesia geral em pacientes oncológicos incluem paralisia das cordas vocais após a intubação, tempo prolongado de jejum, edema pulmonar, atelectasia, pneumonia, obstrução das vias aéreas superiores (VAS), broncoespasmo, edema de VAS, bronquite e agravamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Os anestésicos usados podem gerar complicações, como uma resposta imunológica adversa desencadeada pelo procedimento cirúrgico e atividade antitumoral devido à inibição da ciclooxigenase, que reduz a prostaglandina E2. Estudos em animais indicaram que, em comparação com outros anestésicos, alguns podem afetar a integridade da barreira hematoencefálica, promover angiogênese em células tumorais, ter efeitos imunossupressores diretos e acelerar a multiplicação de células cancerígenas no corpo. Além disso, a sedação prolongada pode resultar em despertar tardio do paciente e ocasionalmente causar fraqueza da musculatura faríngea, depressão respiratória, prurido, náuseas, vômitos, retenção urinária, redução da motilidade gastrointestinal e obstrução intestinal paralítica. Conclusão/Considerações Finais: A colaboração entre instituições de pesquisa, médicos, pacientes e organizações não governamentais é fundamental para impulsionar o avanço científico nesta área de anestesia e no controle da dor em pacientes oncologicos. É importante investir em financiamento de pesquisa, facilitar o intercâmbio de conhecimentos e recursos, e promover a cooperação em estudos clínicos. Essas ações podem contribuir para uma compreensão mais aprofundada sobre o manejo da anestesia e no controle da dor em pacientes oncológicos, levando a avanços significativos no tratamento mais eficaz para esses pacientes.
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