Diante de um contexto em que o modelo tradicional centrado no hospital, na figura predominante medica e na ênfase na produção da cura não mais atende de maneira eficaz às demandas emergentes da era moderna, torna-se necessário reconsiderar as estratégias para atender às necessidades de saúde da população. Dessa forma, esse trabalho tem como objetivo identificar intervenções em saúde mental na prestação de cuidados primários à saúde. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, fundamentada nos artigos científicos da MEDLINE, LILACS BDENF, resultando 4 estudos que atendiam o objetivo proposto para compor a revisão. Com base na análise das amostras, pode-se inferir que há uma variedade de práticas de cuidado em saúde mental sendo implementadas. No entanto, observa-se que, embora usuários, profissionais e gestão reconheçam a importância da Atenção Primária à Saúde na oferta de intervenções em saúde mental, este nível de atenção frequentemente não é identificado como um serviço adequado para essa demanda, apresentando dificuldades na promoção efetiva dessas práticas. Essas impedâncias surgem a partir da percepção dos profissionais de que não estão adequadamente preparados para fornecer esse tipo de cuidado, optando por direcionar a demanda predominantemente para serviços especializados. A incorporação dos cuidados em saúde mental à Atenção Primária à Saúde (APS) configura-se como um desafio e representa um processo em andamento que contraria a lógica histórica de segregação da loucura, presente ao longo de séculos. Nesse contexto, propõem-se novas abordagens para conceber e implementar práticas de saúde, visando à consolidação de uma sociedade que valoriza as singularidades e fundamentada nos princípios da cidadania.
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