INTRODUÇÃO: A síndrome HELLP é uma complicação obstétrica que ocorre quando uma gestante com pré-eclâmpsia ou eclâmpsia têm um agravamento da doença, e evolui para um quadro de plaquetopenia, hemólise e elevação das enzimas hepáticas, podendo ainda ser confundida com a Doença Hipertensiva Específica da Gestação, por apresentar manifestações iniciais semelhantes, necessitando de exames laboratoriais específicos de rastreio e diagnóstico a fim de reduzir os riscos de morbimortalidade materna e fetal a ela associados. OBJETIVO: Descrever quais são as principais complicações materno-fetais decorrentes da Síndrome HELLP. METODOLOGIA: Consiste em uma revisão integrativa de caráter descritivo e bibliográfico, tendo sua busca direcionada pela seguinte questão norteadora: Quais são as principais complicações materno-fetais ocasionadas pela Síndrome HELLP? A busca foi realizada em dezembro de 2023 por meio da BVS, nas bases de dados: LILACS, BDENF e SciELO, utilizando os descritores “Síndrome HELLP”, “Complicações na Gravidez” e “Pré-eclâmpsia”, que foram cruzados simultaneamente com o operador booleano AND. Os critérios de inclusão foram: artigos completos, em português e inglês publicados nos últimos 05 anos. Já os de exclusão: artigos repetidos, dissertações, teses e outras revisões. 03 estudos foram selecionados para compor a amostra desta pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir dos estudos analisados, os resultados foram agrupados em duas categorias: as repercussões maternas e as repercussões fetais. Na primeira categoria, destacam-se a coagulação intravascular disseminada, a insuficiência renal aguda, hemorragia intracraniana (mais especificamente a subaracnóide), o acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH), o edema agudo de pulmão, e de forma atípica, o hematoma subcapsular hepático com incidência de apenas 1 a 2% dos casos ocorrendo principalmente entre a 28° e 36° semanas de gestação, e fortuitamente no puerpério. Na segunda categoria, tem-se o deslocamento prematuro da placenta, parto prematuro, restrição do crescimento intrauterino, Síndrome da Angústia Respiratória e o aborto espontaneo como complicações mais notáves decorrentes desta Síndrome. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do exposto, compreende-se que a Síndrome HELLP é responsável por elevada taxa de morbimortalidade materno-fetal, evidenciando a complexidade e gravidade dessa condição obstétrica. Portanto, diante dos potenciais riscos que esta acarreta para a saúde da gestante e do feto, ressalta-se a crucial importância do rastreio precoce como ferramenta fundamental na identificação de sinais indicativos, para que sejam realizadas intervenções em tempo oportuno. Assim, destaca-se a necessidade de um acompanhamento pré-natal adequado, o qual desempenha um papel essencial na monitorização contínua da gestação, na detecção precoce de possíveis complicações e na promoção da saúde materno-fetal. O investimento em estratégias preventivas e na disseminação do conhecimento acerca da síndrome de HELLP contribui não apenas para a mitigação de seus impactos, mas também para a garantia de uma gestação saudável e sem complicações.
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