Introdução: As infeções virais crónicas emergem como um possível determinante no estudo da etiopatogenia da fibromialgia. As razões para tal interesse derivam do fato de partilharem manifestações clínicas comuns, sobretudo aquelas relacionadas com dor musculoesquelética generalizada e fadiga. Resultados e Discussão: Apesar das discrepâncias nos resultados das investigações, a atenção para esta área aumenta à medida que novas investigações conseguem reproduzir os achados dos seus predecessores, como evidenciado na possível ligação entre fibromialgia e infeção crónica pelo vírus C da hepatite. Metodologia: Com o intuito de fornecer uma análise abrangente desses estudos, os autores compilaram diversos artigos provenientes da literatura indexada, recorrendo buscador BVS chegando a base de dados das plataformas de periódicos da Medline/ PUBMED, Lilacs e Scielo, como fontes de dados. Foram utilizados os seguintes Descritores: “Doença Crônica”, “Virose” e “Infecção” nas bases de dados das plataformas de pesquisa idôneas, abordando os estudos que elucidaram a ocorrência, ou não, de uma associação entre a fibromialgia e infecções viróticas crônicas. Considerações Finais: As infeções virais crónicas são consideradas contribuintes potenciais para a fibromialgia (FM), embora investigações não estabeleçam uma associação inequívoca. As premissas incluem manifestações clínicas comuns, estudos em modelos animais sugerindo bases fisiopatológicas e observações de prevalência. Resultados são, geralmente, imprecisos, exceto pela associação provável entre FM e infeção pelo vírus da hepatite C (VCH). A pesquisa, apesar de inconsistências, destaca premissas plausíveis e incentiva estudos etiológicos. Questões metodológicas devem ser mais detalhadamente discutidas, e métodos de detecção aguardam avanços na virologia. Estudos epidemiológicos refinados e avanços nos métodos diagnósticos prometem resultados mais conclusivos sobre a associação entre infeções virais crónicas e FM.
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