A cirurgia vascular desempenha um papel crucial no tratamento de pacientes com acidente vascular cerebral (AVC), particularmente em casos de AVC isquêmico agudo ou hemorrágico, onde a rápida intervenção é necessária para reduzir a morbidade e a mortalidade. No entanto, embora a cirurgia vascular ofereça uma perspectiva promissora na recuperação dos pacientes, ela não está isenta de riscos e complicações. Portanto, a compreensão e avaliação das complicações clínicas associadas a esses procedimentos cirúrgicos são de extrema importância para os profissionais de saúde, uma vez que podem influenciar significativamente o resultado final e a qualidade de vida do paciente. Objetivo: analisar e sintetizar as complicações clínicas associadas à cirurgia vascular no tratamento de acidente vascular cerebral. O estudo busca identificar os tipos de complicações, suas taxas de incidência e fatores de risco associados, além de fornecer informações valiosas para auxiliar os profissionais de saúde na tomada de decisões clínicas e no planejamento de procedimentos cirúrgicos. Metodologia: A pesquisa de literatura foi realizada nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science, abrangendo artigos publicados nos últimos 10 anos. Foram empregados os seguintes descritores: "cirurgia vascular", "acidente vascular cerebral", "complicações cirúrgicas", "morbidade" e "fatores de risco". Os Critérios de Inclusão foram: Estudos publicados nos últimos 10 anos; Estudos relacionados à cirurgia vascular no tratamento de AVC; Estudos que abordam complicações clínicas como desfecho. Os Critérios de Exclusão foram: Estudos não relacionados ao tema; Estudos com amostras pequenas (menos de 20 pacientes) e Estudos que não apresentam dados detalhados sobre complicações clínicas. Resultados: A revisão sistemática identificou um total de 15 estudos relevantes. As complicações clínicas mais frequentes após a cirurgia vascular para tratamento do AVC incluíam infecções pós-operatórias, hemorragias secundárias, trombose vascular, complicações cardíacas e complicações neurológicas. A taxa de incidência dessas complicações variou de acordo com o tipo de procedimento cirúrgico e a gravidade do AVC inicial. Conclusão: a cirurgia vascular no tratamento do acidente vascular cerebral é uma abordagem terapêutica promissora, mas não isenta de riscos. As complicações clínicas associadas a esses procedimentos são variadas e podem ter um impacto significativo no prognóstico e na qualidade de vida dos pacientes. Esta revisão sistemática destaca a importância de considerar cuidadosamente os riscos e benefícios da cirurgia vascular no contexto do AVC e fornece informações valiosas para orientar a prática clínica e futuras pesquisas nesta área. É fundamental que os profissionais de saúde estejam cientes das complicações potenciais e dos fatores de risco associados para garantir uma abordagem personalizada e eficaz no tratamento do AVC.
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