A cetoacidose diabética (CAD) e o estado hiperosmolar hiperglicêmico (EHH) são emergências médicas com apresentações clínicas distintas e requerem diagnóstico preciso. A CAD é caracterizada por sintomas gastrointestinais, distúrbios metabólicos agudos e pode ser desencadeada em menos de 24 horas, muitas vezes confundida com abdome agudo. Por outro lado, o EHH apresenta manifestações neurológicas proeminentes, como letargia, coma e convulsões, e geralmente ocorre de forma insidiosa, com glicemias extremamente elevadas. O diagnóstico diferencial é fundamental, dependendo de critérios laboratoriais específicos. O manejo terapêutico abrange a correção da desidratação por meio de fluidoterapia, a reposição criteriosa de potássio para evitar hipocalemia e a administração de insulina para normalização glicêmica e correção das anormalidades metabólicas. A escolha da abordagem de insulinoterapia depende da gravidade clínica. A adequada gestão dessas condições críticas é essencial para reduzir a morbidade e mortalidade em pacientes com diabetes descompensado, sendo imprescindível considerar fatores como idade, tipo de diabetes e comorbidades. Portanto, a compreensão das características clínicas, critérios diagnósticos e estratégias terapêuticas é fundamental para os profissionais de saúde, visando à rápida identificação e tratamento adequado dessas emergências metabólicas e à melhoria do prognóstico dos pacientes afetados.
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