RESUMO: A violência obstétrica é uma realidade sombria na experiência de maternidade de muitas mulheres, consistindo em abusos físicos, psicológicos, e verbais perpetrados por profissionais de saúde durante o pré-natal, parto e pós-parto. Este tipo de violência manifesta-se de diversas formas, desde a desumanização do atendimento, negligência, até intervenções médicas desnecessárias ou realizadas sem o devido consentimento da mulher. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com carácter de estudo descritivo e abordagem qualitativa, em que foi realizada buscas no sistema da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, usando os seguintes descritores: Equipe de Assistência ao Paciente, Saúde materno infantil, Violência Obstétrica. Inicialmente foram encontrados 167 resultados sem filtros, e posteriormente a aplicação reduziu-se para 13 estudos, e destes, foram lidos os seus títulos resultantes das bases de dados, restando apenas 09 artigos para a amostra na síntese qualitativa final. Resultados: Mediante as análises literárias, verificou-se nitidamente que a efetividade das intervenções da equipe multidisciplinar no combate à violência obstétrica destaca-se como um pilar fundamental para a garantia de um parto seguro, respeitoso e humanizado. A violência obstétrica, definida como a apropriação do corpo e dos processos reprodutivos das mulheres pelos profissionais de saúde, por meio de tratamento desumanizado, abuso de medicação e outras práticas que desrespeitam a vontade, autonomia e capacidade das mulheres de decidir sobre seus corpos e sexualidade, é uma problemática profunda, que exige ação imediata e coerente. Conclusão: Portanto, a implementação efetiva das intervenções por equipes multidisciplinares apresenta-se, portanto, como um caminho promissor para erradicar a violência obstétrica e assegurar um parto digno e seguro para todas as mulheres.
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